Grãos de trigo (ilustrativa/banco de imagens)
A saída da Rússia de um acordo de tempo de guerra criticamente importante, o qual permitia a exportação de grãos ucranianos pelo Mar Negro, reacendeu temores de segurança de alimentos global, com analistas descrevendo a queda da iniciativa como contratempo inevitável e um golpe para os mercados.
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Horas antes do acordo expirar, a Rússia disse na segunda-feira (17) que não renovaria a Iniciativa de Grãos do Mar Negro (IGMN).
O acordo, que foi negociado pela Turquia e as Nações Unidas em julho do ano passado após a invasão em escala integral da Rússia à Ucrânia, foi um raro avanço diplomático designado a evitar uma crise alimentar global.
“Hoje é o último dia do acordo de grãos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. “Quando os componentes respectivos para o benefício da Rússia forem cumpridos, a Rússia retornará ao negócio”.
A IGMN foi estendida repetidamente em acréscimos curtos, em meio ao crescente descontentamento da Rússia com restrições que limitam o envio completo de seus próprios grãos e exportações de fertilizantes.
Desde que foi assinada em julho no ano passado, as Nações Unidas dizem que a IGMN permitiu que mais de 32 milhões de toneladas métricas de commodities alimentícias fossem exportadas de 3 portos ucranianos no Mar Negro – Odesa, Chornomorsk e Pivdennyi – a 45 países no mundo.
É por essa razão que o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, havia descrito o negócio como “representando um papel indispensável” na segurança alimentar global.
Guterres disse em julho que o acordo “deve continuar” em um momento quando conflito, crise climática e preços de energia e outros fatores movem de forma turbulenta a produção e acessibilidade de comida, enquanto 258 milhões de pessoas enfrentam fome em 58 países no mundo.
Fonte: CNBC