O governo japonês estava se preparando para realizar uma reunião com ministérios relevantes do Gabinete na manhã desta terça-feira (22) para discutir seu plano de despejar água tratada e diluída da problemática planta nuclear de Fukushima Daiichi no oceano.
Segundo reportagem da NHK, o governo visa iniciar o descarte no oceano já nesta quinta-feira (24), pois acredita que a compreensão sobre o plano aumentou no Japão e no exterior.
A reunião teria a participação do primeiro-ministro Fumio Kishida, do ministro da Economia, Comércio e Indústria Yasutoshi Nishimura, do ministro da Reconstrução Hiromichi Watanabe e outros.
A Agência Internacional de Energia Atômica divulgou um relatório no mês passado determinando que o plano do Japão é consistente com padrões de segurança internacionais.
Com base no relatório, o governo japonês continuou a fornecer informações sobre seu plano à indústria pesqueira no país e no exterior enquanto considerava quando iniciar o despejo de água no oceano.
Confirmando que estava no estágio final de determinar a data de início, Kishida se encontrou com altos funcionários da Federação Nacional de Associações Cooperativas Pesqueiras na segunda-feira (21).
Kishida buscou a compreensão da federação ao enfatizar que o governo se compromete a assumir total responsabilidade para garantir a segurança e evitar que rumores causem dano reputacional, mesmo se a tarefa se estender por décadas.
O chefe da federação disse que a indústria pesqueira continua oposta ao plano do governo. Ele também citou que a indústria aprofundou sua compreensão científica sobre a segurança da água.
Água usada para resfriar combustível fundido na planta nuclear se mistura com chuva e água subterrânea. A água acumulada é tratada para remover as substâncias mais radioativas, mas ainda contém trítio.
O governo japonês planeja diluir a água tratada para reduzir os níveis de trítio em cerca de um sétimo das diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para qualidade de água potável antes de descartá-la no mar.
Fonte: NHK