As preparações estão em andamento nesta quarta-feira (23) na problemática planta nuclear de Fukushima Daiichi para o início do despejo de água radioativa tratada no oceano na quinta-feira (24).
A operadora da planta, a Tokyo Electric Power Company (TEPCO), mediu os níveis de concentração de trítio na água tratada, que é diluída com a do mar para garantir que fique abaixo de 1/40 do que é permitido sob os padrões de segurança japoneses, antes de despejá-la através de um túnel subterrâneo que fica a 1Km do complexo.
O governo japonês anunciou na terça-feira (22) que o descarte teria início na quinta-feira se as condições climáticas permitissem, enquanto a indústria pesqueira do Japão e alguns países vizinhos como China continuam opostos à ação, com pescadores e negócios locais temendo danos reputacionais em relação aos seus produtos.
Em paralelo com a TEPCO, a Agência Internacional de Energia Atômica e a Agência de Energia Atômica do Japão também monitoram os níveis de concentração de radiação ao analisar amostras de água tratada para garantir a segurança.
A água usada nos esforços de limpeza após o desastre nuclear de 2011, causado por um massivo terremoto e tsunami, tem sido mantida em tanques instalados no local após passar por tratamento através de um sistema de processamento líquido, o qual removeu grande parte dos radionuclídeos, com exceção do trítio.
Os tanques, que agora totalizam mais de mil e contêm cerca de 1,34 milhão de toneladas de água, estão chegando as suas capacidades totais e devem atingi-las em 2024, com a operadora da planta afirmando que eles devem iniciar a liberação de água como resultado.
O governo e a TEPCO disseram que aumentar o número de tanques é difícil e que a liberação da água no mar é necessária para a continuidade do trabalho de desmantelamento, que exige espaço e instalações para armazenar detritos no local.
Fonte: News and Culture