A Rússia diz que recebeu cerca de 4,8 milhões de residentes de áreas ocupadas pelo país e de outras partes da Ucrânia desde fevereiro de 2022, acrescentando que mais de 700 mil dessa pessoas são crianças.
A comissária presidencial da Rússia para Direitos das Crianças, Maria Lvova-Belova, divulgou o relatório no domingo (31).
Segundo o relatório, as crianças transferidas incluem 1,5 mil que estavam em instituições para aquelas que ficaram sem cuidado parental no leste da Ucrânia.
Cerca de 380 delas foram colocadas sob custódia protetora de famílias adotivas na Rússia de abril a outubro do ano passado. O relatório afirma que os direitos das crianças não podem ser protegidos em instalações de acomodação temporária.
Contudo, há críticas crescentes na comunidade internacional contra a Rússia de que a transferência de crianças equivale à deportação ilegal. O Tribunal Penal Internacional (ICC) emitiu um mandado de prisão em março para Lvova-Belova e para o presidente Vladimir Putin.
O comissário do Parlamento da Ucrânia para Direitos Humanos, Dmytro Lubinets, disse que o relatório é evidência direta para o ICC.
Ele descreveu o ato russo como violação flagrante dos direitos das crianças que se tornaram reféns da Rússia.
Fonte: NHK