Por que os estrangeiros afogam nos rios perigosos?

Polícia de Saitama alerta principalmente os estrangeiros sobre os perigos dos rios.

Imagem: Yomiuri

Houve uma série de mortes de estrangeiros relacionadas à água no rio Ara (Arakawa), em Hachigata (Saitama). Arakawa é um local perigoso, onde o fundo do rio se aprofunda repentinamente e a correnteza pode ser muito forte e, embora tenham sido emitidos avisos repetidos, o número de pessoas que brincam no rio não tem fim. A cidade passou a reforçar as contramedidas, incluindo o bloqueio da estrada que leva à margem do rio

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Fluxo de água perigoso

Em 22 de julho, um brasileiro de 39 anos, que estava desfrutando de um churrasco com sua família afogou-se enquanto nadava em Tachigase, a 200 metros na margem do rio. Ele foi resgatado após ser arrastado 50 metros rio abaixo, mas morreu no hospital posteriormente.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Hanazono, a profundidade do rio muda repentinamente, chegando a 6 metros em uma curta distância. Na margem oposta, uma grande rocha se projeta da superfície do rio, criando uma corrente de água que arrasta a vítima para baixo dessa rocha.

De acordo com a polícia da província e outras autoridades, seis homens e mulheres de nacionalidade estrangeira morreram em acidentes aquáticos nesse local desde 2017, incluindo o acidente de julho. Um morador próximo (88) disse: “Os residentes locais não querem se aproximar dessa rocha. Acho que o perigo não é transmitido às pessoas que vêm de outros lugares”.

Bloqueios de estrada

Um japonês também morreu nesse local em 2001, mas a grande maioria das vítimas é estrangeira, e se acredita que pode ter levado algum tempo para que as pessoas ligassem para 110 ou 119 para relatar o acidente.

Dois dias após o acidente de julho, na margem do rio, havia uma família chinesa brincando na água rasa, com algumas crianças usando boias. “Meu amigo me falou sobre este lugar. Elas só brincam em águas rasas, então estão bem”, comentou o pai.

Em resposta à série de acidentes, a cidade e a polícia da província colocaram placas nas margens do rio em cinco idiomas, incluindo português e vietnamita, informando às pessoas que é proibido nadar, e também estão patrulhando a área. Além disso, a cidade fechou a estrada que leva à margem do rio Tachigase a partir de 28 de julho como uma medida temporária. As autoridades da cidade afirmam que continuarão a tomar medidas rigorosas para evitar acidentes.

5 incidentes na província e 4 mortes

De acordo com a Divisão Regional de Assuntos Gerais da Polícia da Saitama, ocorreram cinco acidentes aquáticos na província entre janeiro e julho deste ano, resultando em quatro mortes. Devido a onda de calor deste ano, muitas pessoas devem visitar rios para lazer ou se refrescar, e há a preocupação de que o número de acidentes relacionados possa exceder as nove mortes do ano passado.

O departamento está solicitando as seguintes medidas:

  • Não entre em áreas onde é proibido nadar;
  • Use um colete salva-vidas ao entrar em rios;
  • Não brinque na água se tiver alcoolizado ou se estiver com a saúde debilitada.
Fonte: Yomiuri

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H&M investiga casos de abuso em fábricas de Myanmar à medida que a pressão aumenta

Publicado em 17 de agosto de 2023, em Sociedade

A H&M está acompanhando 20 casos de abuso de mão de obra em fábricas de roupas em Myanmar que abastecem a segunda maior varejista de moda do mundo.

Myanmar abastece a segunda maior varejista da moda do mundo (banco de imagens)

A H&M disse que está acompanhando 20 casos alegados de abuso de mão de obra em fábricas de roupas em Myanmar que abastecem a segunda maior varejista da moda do mundo, apenas semanas após a dona de sua principal rival Zara, a Inditex, ter dito que está eliminado compras do país no Sudeste Asiático.

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Um grupo de defesa de direitos humanos com sede no Reino Unido rastreou 156 casos de alegados abusos no trabalho em fábricas de roupas em Myanamar (Birmânia) de fevereiro de 2022 a fevereiro de 2023, aumento de 56 ante o ano anterior, indicando uma deterioração dos direitos de trabalhadores desde um golpe militar em fevereiro de 2021.

Redução e extravio de salário foram as alegações mais frequentemente reportadas, seguidas por demissões injustas, índice de trabalho desumano e horas extras forçadas, de acordo com um relatório da ONG Business and Human Rights Resource Center (BHRRC), que seria publicado na quarta-feira (16).

O BHRRC vem acompanhando alegações de abusos de direitos dos trabalhadores em fábricas de roupas desde que a junta militar assumiu o poder em Myanmar, afundando a nação em uma crise política e humanitária. O rastreio inclui casos de abuso em 124 fábricas diferentes.

O rastreio da BHRRC de casos alegados de abuso ocorre através de fontes incluindo líderes de uniões, mídia internacional e local, como a Myanmar Labour News, e busca verificar relatos ao se consultar com marcas e entrevistando trabalhadores.

O grupo espanhol Inditex foi a marca mais recente a dizer que cortaria relações com fornecedores em Myanmar, após a Primark and Marks & Spencer no ano passado, em uma tendência que alguns dizem que poderiam deixar essencialmente trabalhadores em piores condições.

Vicky Bowman, ex-embaixador de Myanmar no Reino Unido e diretor do Myanmar Center for Responsible Business, disse que marcas internacionais sob pressão para parar de comprar de Myanmar são também as que têm mais probabilidade de oferecer empregos estáveis e tomar medidas para se proteger de abusos de direitos.

“Se elas saírem, ou os empregos desaparecerão inteiramente, ou fábricas vão lutar para receber pedidos de descuidados agentes de compras que se importam apenas com trabalho barato e não se preocupam com condições de trabalho”, disse Bowman.

Fonte: Japan Times

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