Tufão devastador em Okinawa: uma centena de feridos e desastres

Foram confirmados 2 óbitos, vítimas do tufão devastador, além de uma centena de feridos e danos ainda incalculáveis por toda a província de Okinawa.

Água desce como cachoeira sobre o rio e asfalto danificado pela chuva (Okinawa Times)

O sexto tufão do ano, o Khanun, foi um dos piores a assolar Okinawa por 3 aspectos: grande, extremamente forte e lento; rajadas de vento recordes e desastres em consequência das tempestades longas de uma semana. Na manhã de segunda-feira (7), oitavo dia, embora o olho do tufão esteja mais próximo a Amami, a chuva e o vento de 12 a 13m/s continuam. 

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No começo da semana anterior, terça-feira (2), foi emitido alerta para evacuação preferencial, dos idosos e pessoas com deficiência, por todas as prefeituras da província de Okinawa, por causa do tufão extremamente forte e grande desde o dia anterior. 

Apagão histórico

As primeiras consequências do tufão que se aproximou na segunda-feira (31), foram por causa das rajadas de vento destruidoras, como dos rompimentos dos cabos elétricos, causando o maior apagão de que se tem registro, de 34% dos pontos da província de Okinawa, a partir de terça-feira (1.º), afetando 215.960 residências e pontos comerciais. Das 41 cidades, vilas e vilarejos, 34 foram afetadas. Até a tarde de domingo (6), ainda 33,9 mil continuavam com corte de energia elétrica. Segundo o governo, esse foi o maior apagão, superando o de 1961.

Gráfico da interrupção da energia elétrica desde terça-feira, dia 1.º (Ryukyu Shimpo)

Até as 14h de domingo, 26.260 pontos residenciais e comerciais continuavam sem energia elétrica. Um dos maiores problemas da população que ficou sem eletricidade foi o calor, sem poder usar o ar-condicionado e também a dificuldade no preparo das refeições.

Sem água

Logo em seguida começaram a ser noticiadas as interrupções no fornecimento de água. Assim, milhares de residentes não puderam tomar banho por 2, 3 ou 4 dias. Muitas prefeituras e hotéis disponibilizaram banho gratuitamente e carregamento dos smartphones à população afetada. 

Chuva pesada causa desastres em toda província

Por causa da maré alta na terça e quarta-feira, casando com a chuva pesada, com índices pluviométricos que chegaram a 718mm na Ilha Kume e 540mm em Naha, ocorreram inundações em quase toda a província.

A chuva incessante também foi a causa de outros desastres como deslizamentos, ao ponto de ter que evacuar os residentes das imediações; rompimentos do asfalto das rodovias, carros inundados e outros. 

Carro tombado pelas rajadas de vento e estabelecimento em Naha completamente destelhado (Okinawa Times)

Desastres causados pelo vendaval com rajadas históricas

As rajadas de vento chegaram a 55 metros por segundo (198km/h) em Naha e em outras cidades. Derrubaram árvores, carros, motos, estabelecimentos comerciais, garagem (matou um morador), destelharam casas, removeram paredes de prédios, as frutas como manga e shikwasa (limão típico), canaviais, verduras locais e muitos outros danos. 

Duas mortes e mais de 100 feridos

Até a tarde de segunda-feira, foram confirmadas 109 pessoas feridas e 2 óbitos, sendo um deles de uma mulher que acendeu velas por causa do apagão e sua casa foi incendiada, em Uruma. 

Veja o vídeo de um homem de 59 anos que estava dentro do carro e foi salvo porque os socorristas o retiraram do vidro da porta traseira.

Supermercados sem produtos alimentícios 

Algumas das prefeituras distribuíram produtos alimentícios e água para as famílias que tiveram as casas inundadas ou foram afetadas pelos cortes de água e energia elétrica

Com a passagem do tufão Khanun, até a rede de supermercados emblemática em Okinawa, Union, que não costuma fechar as portas, foi obrigada a fazê-lo na terça e quarta-feira, os piores dias. E obviamente, os cafés, bares, restaurantes e lojas de conveniência fizeram o mesmo, por isso, o Uber Eats e outros serviços de entrega foram suspensos. O Uber Eats suspendeu as entregas também no domingo.

Sem aviões e navios que trazem comida, produtos alimentícios e artigos do cotidiano do arquipélago principal, Okinawa está passando por falta desses produtos e não se sabe até quando isso vai durar. 

Quem se preveniu fazendo compras antes da segunda-feira da semana anterior não teve dificuldade para preparar as refeições. 

No domingo a rede Aeon anunciou que enviou mercadorias para Ishigaki e Miyako, via aérea, como pães, macarrão instantâneo, arroz pronto, curry, pasta e molhos. 

Turistas e turismo afetados 

Milhares de turistas tiveram os voos cancelados por causa do tufão. Muitos decidiram dormir no piso do aeroporto, outros esticaram a estadia nos hotéis e uma parte foi para os abrigos disponibilizados pelas prefeituras. 

Em pleno verão, quando as escolas estão de férias, o prejuízo gigantesco causado pelo tufão ainda não foi divulgado pelo segmento de turismo. 

Reparos e sujeiras

Na segunda-feira, com os ventos mais calmos, a população deverá fazer fila nos postos de gasolina para lavar os carros, como também retirar os entulhos das calçadas e jardins.

Levará um tempo para o mar voltar a ficar limpo e as prefeituras, companhias de energia elétrica e de fornecimento de água, continuarem as atividades de restauração.

Veja alguns dos vídeos que retratam os danos causados pelo tufão Khanun, de 31 de julho a 7 de agosto.

Fontes: NHK, Ryukyu Shimpo, Okinawa Times, Sankei e QAB

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Mortes em acidentes de trânsito no Japão aumentam no primeiro semestre do ano

Publicado em 7 de agosto de 2023, em Sociedade

Por província, Osaka e Aichi tiveram os maiores número de mortes, a 81 e 72, respectivamente, enquanto Saga registrou o menor, com 3.

Tráfego em Osaka (banco de imagens)

O número de mortes em acidentes de trânsito no Japão aumentou 2,1% para 1.182 na primeira metade de 2023 em comparação ao ano anterior, marcando o primeiro aumento em 10 anos para um período de janeiro a junho, de acordo com dados recentes da polícia.

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A Agência Nacional da Polícia (NPA na sigla em inglês) atribuiu o aumento a menos mortes quando restrições sobre movimento estavam em vigor durante a pandemia e o subsequente retorno ao normal quando as limitações foram suspensas.

Em maio, o país rebaixou o status legal da covid-19 para a mesma categoria da influenza sazonal, marcando uma grande mudança em sua abordagem após 3 anos lidando com o coronavírus.

Dos que morreram ou ficaram feridos quando estavam andando de bicicleta, 12,2% estavam usando capacetes, alta de 2,1 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de um ano antes e o nível mais alto desde 2007, quando dados comparativos se tornaram disponíveis, de acordo com a NPA.

Desde abril, ciclistas em todas as faixas etárias foram encorajados a usar capacete sob uma lei de estradas revisada.

O número de acidentes no trânsito nos primeiros 6 meses deste ano aumentou em 3.956 para 146.943. Houve 1.149 incidentes em que pelo menos uma pessoa morreu.

Das 1.182 pessoas que morreram, 417 estavam caminhando, 402 estavam dirigindo, 212 estavam de moto e 143 de bicicleta, com aumentos em mortes vistos entre motociclistas, pedestre e aqueles em carros.

Dentre os motociclistas envolvidos em acidentes, houve um aumento marcado naqueles citando propósitos de trabalho e de lazer como razões para estar na estrada.

Por província, Osaka e Aichi tiveram os maiores número de mortes, a 81 e 72, respectivamente, enquanto Saga registrou o menor, com 3.

Fonte: Mainichi

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