Cientistas no Japão estão progredindo em gametogênese in vitro (GIV), um campo de pesquisa biomédica destinado a criar fornecimento ilimitados de óvulos e esperma “artificiais” de qualquer célula no corpo humano.
A GIV envolve reprogramar células do sangue ou pele de uma pessoa em célula-tronco pluripotente induzida, que pode teoricamente se transformar em qualquer célula no corpo, incluindo células de óvulos e esperma. Essas células poderiam ser usadas para permitir que qualquer pessoa, incluindo aquelas que são mais velhas, inférteis, solteiras, gays ou transgêneros, terem filhos geneticamente relacionados.
Katsuhiko Hayashi, geneticista de desenvolvimento na Universidade de Osaka, é pioneiro no campo de GIV.
De acordo com o site NRP, Hayashi fez progresso significativo no campo, particularmente em ratos, e acredita que a tecnologia poderia ser aplicada a humanos no futuro próximo. Entretanto, ainda há desafios técnicos e éticos a serem superados.
Enquanto óvulos e esperma básicos de humanos tenham sido produzidos usando esse método, criar embriões ainda é um desafio. Pesquisadores estimam que pode levar outros 5 a 10 anos para uma prova confiável de conceito e outros 10 a 20 anos de testes de segurança antes da GIV poder ser usada em clínicas.
Enquanto o Japão esteja considerando permitir que cientistas criem embriões GIV para estudo, esses desenvolvimentos levantam questões éticas e sociais complexas que exigem consideração ponderada.
Preocupações éticas em torno da GIV são profundas, incluindo questões sobre limites de idade para criação de bebês GIV e comercialização de reprodução.
A tecnologia também poderia potencialmente ser utilizada de forma indevida para criar bebês sem o consentimento dos contribuintes genéticos e isso pode desafiar quadros jurídicos existentes. Mais pesquisa ainda é necessária para navegar nessas questões complexas.
Fonte: Next Shark