A família de um homem que se enforcou dentro de uma fábrica da Honda moveu ação judicial contra a montadora, afirmando que condições “desumanas” levaram à morte do trabalhador.
Movida no Tribunal do Condado da União de Ohio de Pedidos Comuns, o processo afirma que Michael Narazaki vinha trabalhando entre 100 e 120 horas por semana quando se enforcou na instalação da Honda Research and Development perto de Raymond em 2021.
A ação afirma que o engenheiro, que tinha 53 anos quando morreu, havia trabalhado para a montadora japonesa por mais de 30 anos e se matou após gerentes terem se recusado a endereçar seu cronograma de trabalho sem limites.
O corpo de Narazaki, que tinha 3 filhos, foi descoberto por funcionários em seu escritório no dia 11 de outubro daquele ano, e isso rapidamente levantou questões na planta, onde Narazaki trabalhava desde 1990 após se formar na prestigiada Universidade Carnegie Mellon.
A ação também contém bilhetes escritos em papel timbrado da Honda que teriam sido deixados por um perturbadoramente dedicado Narazaki – que morou em Hong Kong e Tóquio antes de buscar uma educação automotiva nos EUA – na época de sua morte.
Em um, o “amado fanático por carros” pediu perdão por falhar em atender às expectativas de chefes em um projeto não especificado, e escreveu que esperava que sua morte ajudasse a abrandar pressões sobre seus colegas de trabalho.
O processo busca compensação por morte culposa, estresse emocional e enriquecimento injusto, e argumenta que o projeto o qual Narazaki vinha trabalhando está projetado a exceder US$3 bilhões em lucros.
Ele também afirma que a morte do engenheiro era um produto da cultura pregada em companhias japonesas, incluindo a Honda – a qual nos EUA criou políticas para endereçar o excesso de trabalho.
A ação afirma que no caso de Narazaki, líderes na planta nos EUA onde ele trabalhou por décadas falharam em aderir a essas políticas.
Fonte: Daily Mail