A Agência Nacional de Polícia do Japão (NPA) deu início à revisão da classificação da categoria das motonetas ou gentsuki bike (原付きバイク) em japonês, prevista na Lei de Trânsito Rodoviário.
De acordo com a regulamentação em vigor, os veículos de duas rodas que podem ser conduzidos com licença de ciclomotor ou motoneta são aqueles com cilindrada total igual ou inferior a 50 cc. Já começou na segunda-feira (11), um painel de especialistas para discutir a inclusão de motos com cilindrada igual ou inferior a 125 cc e potência máxima igual ou inferior a 4 kW, que tenham velocidade máxima controlada de até 30 km/h.
O comitê irá compilar as recomendações até ao final do ano, após a realização de testes relacionados com a segurança em veículos de duas rodas reais. Grupos industriais como a Associação dos Fabricantes de Automóveis do Japão (JAMA) solicitaram uma revisão da classificação, citando a dificuldade técnica de fabricar e vender motos que cumpram os regulamentos mais rigorosos sobre gases de escape que serão aplicados aos ciclomotores a partir de novembro de 2025.
De acordo com o sistema atual, a pessoa que deseja dirigir uma motocicleta com cilindrada total de 125 cc ou menos, precisa de uma licença regular para motocicleta. O ponto de discussão é se a segurança pode ser mantida se a potência dos motores de 125 cc ou menos for controlada para a potência máxima (4 kW) equivalente à de uma motoneta.
O painel de especialistas, cujos membros incluem grupos industriais, professores universitários e examinadores de centros de carteira de motorista, se reunirá três ou quatro vezes durante o ano para compilar as recomendações.
De acordo com a Associação Japonesa de Fabricantes de Automóveis, foram entregues em 2022 um total de 131.340 motonetas do tipo 1 no Japão, de cilindrada total de 50 cc ou menos. Todos os fabricantes reduziram a sua oferta de produtos, com as vendas em queda, comparadas ao pico de 1982 (aproximadamente 2,78 milhões de unidades).
Fontes: Nikkei e NHK