Trabalhadores roubaram sucatas de ferro de um local de demolição perto da planta nuclear de Fukushima Daiichi e venderam ilegalmente esses materiais potencialmente radioativos, disseram fontes.
A demolição da biblioteca e museu folclórico da vila de Okuma, que fica dentro da “zona de difícil retorno”, foi ordenada pelo Ministério do Meio Ambiente.
A área é fortemente restrita devido a altos níveis de radiação. Visto que materiais residuais do trabalho dentro dessa zona podem estar contaminados, eles devem ser manuseados e descartados cuidadosamente.
A demolição do prédio de dois andares com espaço total de 2 mil metros quadrados foi realizada por um empreendimento conjunto entre a contratante geral Kajima Corp. do distrito de Minato de Tóquio e outras companhias.
O empreendimento conjunto ganhou licitação para concluir a demolição por cerca de ¥5 bilhões (US$34 milhões).
O trabalho preliminar começou no local em maio do ano passado, a demolição iniciada em fevereiro e o projeto foi concluído em julho.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em 26 de julho, o empreendimento conjunto entrou em contato com o ministério para reportar que trabalhadores haviam levado materiais do local de demolição sem permissão e os venderam.
O valor dos materiais roubados é estimado entre ¥1 milhão e ¥2 milhões, de acordo com fontes.
Não há dados sobre níveis de radiação da sucata roubada, disseram as fontes, e o destino desses metais também é desconhecido.
O ministério e companhias contratantes estão se consultando com a polícia da província de Fukushima para determinar como lidar com o assunto.
Sob procedimentos normais, os níveis de radiação de todos os materiais descartados são medidos.
Se os níveis de radiação excederem 100 mil bequereis por quilo, o material é enviado a uma instalação provisória de armazenamento.
Se ficar abaixo de 100 mil bequereis, ele é enviado a um local de descarte. Se ficar abaixo de 100 bequereis ele pode ser reutilizado.
Se as sobras da zona de difícil retorno não são descartadas de acordo com esses procedimentos, isso poderia violar a lei de medidas especiais relacionada ao manuseio de materiais radioativos.
Fonte: Asahi