Brasileira cultiva e populariza a pimenta biquinho no Japão

Seu sonho é torná-la ainda mais popular, ao ponto de se transformar em especialidade de sua região.

Pimenta biquinho recém-colhida e picles (NHK)

Uma brasileira que cultiva a peculiar pimenta biquinho no Japão, está popularizando essa espécie típica da América do Sul, com baixa picância e sabor doce, em Tóquio e entre os moradores locais.

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Quem cultiva as graciosas e nutritivas pimentas biquinho é a brasileira Miriam Yumiko Tokita, 55, sansei, que veio ao Japão como bolsista há quase 30 anos, em 1995, na Universidade de Tohoku. Depois de formada, começou a trabalhar e continuou vivendo em Sendai (Miyagi). Depois se casou com um japonês. Vive com o filho de 18 anos e o marido.

Terra devastada pelo tsunami ganha vida

Miriam na hora da colheita das pimentas em cultivo nas terras cedidas (NHK)

A sua plantação é em um terreno na cidade de Natori (Miyagi), a cerca de 12 quilômetros da capital onde mora. O ponto de partida foi a atividade voluntária nas casas pré-fabricadas usadas como abrigo para as vítimas do grande tsunami de 2011. Enquanto ia como voluntária preparar e oferecer comida brasileira criou um laço de amizade na cidade.

“Pensei, se pudesse fazer algo nessa cidade que sofreu os danos com o tsunami, poderia ajudar a revitalizar a área”, relembra Miriam. Foi quando pensou que uma verdura brasileira pudesse contribuir e escolheu a pimenta biquinho.

Por curiosidade, Natori tem um laço de irmandade com Guararapes, porque muitos dos imigrantes japoneses obtiveram sucesso na cidade brasileira, em São Paulo. Assim, em 1979 se estabeleceu a irmandade.

De boné amarelo, o agricultor japonês que cedeu as terras devastadas para a brasileira (NHK)

Vendo Miriam se esforçar, o agricultor de Natori, Yoshiichi Mori, 71, decidiu apoiar a iniciativa da brasileira. Ele cedeu uma área de terra que foi danificada com o tsunami e não estava sendo cultivada. “Como fomos ajudados por várias pessoas, como a Miriam, ofereci as terras para ela cultivar”, disse o agricultor.

Pimenta biquinho atrai jovens

Estudantes de Nutrição ajudando a colher as pimentas (NHK)

As pessoas mais jovens também começaram a se interessar pelo cultivo da pimenta biquinho. A reportagem da NHK gravou as imagens de 3 estudantes universitárias da faculdade de Nutrição, que foram ajudar na colheita.

Para que muito mais pessoas conheçam a nutritiva pimenta biquinho, elas também se empenham em criar receitas. “Experimentei preparar um refogado com pimenta biquinho”, disse uma delas. “No Brasil se usa até para fazer geleia. As possibilidades de uso são infinitas”, explicou Miriam.

Pimenta biquinho cai no agrado das futuras nutricionistas

Depois da colheita, todas foram para uma cozinha comunitária e preparam diversos pratos quentes, cozidos e assados, mas também saladas com a biquinho. Depois de provarem, aprovaram, achando a pimenta deliciosa e aromática.

Através da pimenta biquinho, já cultivando há 5 anos, a brasileira Miriam ampliou seu círculo de amigos e sua próxima meta é fornecer para os supermercados locais.  

“Quero aumentar o cultivo para que seja uma mola propulsora para revitalização da área, por isso, estou me esforçando. Quero trazer mais energia para todos, para atrair mais pessoas”, falou Miriam sorrindo.

Um de seus sonhos é transformar a pimenta biquinho em uma especialidade regional.

Pratos quentes e saladas preparadas com a pimenta biquinho para degustação (NHK)

Fonte: NHK

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Robô realiza cirurgia remota entre Japão e Singapura

Publicado em 13 de outubro de 2023, em Ásia

A meta no experimento foi remover um tumor cancerígeno de um estômago artificial.

Um cirurgião usou um ‘cockpit’ localizado em Singapura enquanto uma ‘unidade de operação’ no Japão executou a cirurgia (NHK)

Médicos conduziram um experimento de sucesso usando um sistema robótico para executar cirurgia entre Singapura e Japão.

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O dispositivo, chamado de “Hinotori”, é o primeiro robô cirúrgico do Japão. Sua meta no experimento foi remover um tumor cancerígeno de um estômago artificial.

Um cirurgião usou um “cockpit” localizado em Singapura enquanto uma “unidade de operação” no Japão executou a cirurgia.

A unidade tem quatro braços equipados com vários instrumentos e uma câmera endoscópica.

O professor Ichiro Uyama disse que notou atrasos de cerca de 0.1 de um segundo nos movimentos do dispositivo, mas acrescentou que ele foi capaz de se adaptar ao lapso.

Uyama tem a esperança de ensinar cirurgia remotamente com a assistência de robôs.

Fonte: NHK

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