O combate em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas causou a morte de mais de 2,2 mil pessoas em ambos os lados.
Tensões estão aumentando enquanto o chefe de defesa israelense diz que seu país usará todas as medidas para eliminar seu inimigo.
Ambos os lados vêm trocando ataques aéreos desde sábado (7), quando o Hamas lançou um ataque surpresa a Israel.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, apontou a possibilidade de uma ofensiva terrestre.
Na quarta-feira (11), Israel disse que ajuda militar dos EUA, incluindo armas e munição, chegou em uma base no sul do país.
Israel vem bloqueando Gaza para aumentar pressão sobre o Hamas, cortando fornecimento de comida, água, combustível e eletricidade.
O chefe de políticas estrangeiras da União Europeia (UE), Josep Borrell, diz que Israel deveria exercer o direito de se defender baseado na lei humanitária internacional.
Hamas lançou milhares de foguetes em direção a Israel no sábado. Cerca de mil militantes do Hamas se infiltraram ao mesmo tempo, rompendo muralhas e cercas. O grupo usou motos, parapentes e barcos.
Imagens de um festival de música mostram o que parecem ser parapentes. Combatentes do Hamas mataram 260 pessoas no local e tomaram soldados e cidadãos como reféns.
Hamas pode ter passado anos se preparando para tal operação de larga escala
Um especialista em Oriente Médio disse à rede NHK que o Hamas pode ter passado anos se preparando para tal operação de larga escala. Hiroyuki Suzuki, professor de projeto associado na Universidade de Tóquio, disse que a ação é sem precedentes para que tantos combatentes se infiltrassem em Israel de uma só vez, e que o ataque pegou o país de surpresa.
Suzuki disse que as forças militares de Israel estavam focadas na Cisjordânia, onde tem havido uma série de confrontos entre israelenses e palestinos neste ano.
Em uma coletiva de imprensa em Tóquio, o embaixador israelense no Japão, Gilad Cohen, pediu solidariedade com seu país. Ele diz que o genocídio de judeus nunca deve acontecer novamente.
Desinformação sobre o conflito
Waleed Siam, representante da Missão Geral Permanente da Palestina no Japão, também realizou uma coletiva de imprensa na capital japonesa. Ele exigiu que o que ele chamou de inimigo pare de matar civis.
Enquanto isso, desinformação sobre o conflito está circulando online. Um vídeo publicado no X, antigo Twitter, mostra supostamente um combatente palestino abatendo um helicóptero israelense, mas acredita-se que o clipe seja de um jogo de computador.
Um vídeo no TikTok afirma mostrar combatentes palestinos caindo de paraquedas em Israel, mas um prédio na imagem é na verdade o Egito.
Um alto oficial da UE pediu a Elon Musk, dono do X, que tomasse providências contra a desinformação rapidamente.
Fonte: NHK