Doença misteriosa causa paralisia nas pernas de estudantes no Quênia

Amostras de sangue e urina das meninas afetadas foram coletadas por autoridades da saúde e enviadas aos laboratórios do Instituto de Pesquisa Medica do Quênia.

A alunas da Escola de Ensino Médio das Meninas Eregi estavam com dificuldades para caminhar (X/@LetItShine69)

Uma doença misteriosa acometeu o Quênia, na África, com mais de 90 alunas relatando sintomas de paralisia nas pernas, impossibilitando que a maioria delas andasse.

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De acordo com reportagens da mídia local, as alunas da Escola de Ensino Médio das Meninas Eregi de St. Theresa, no vilarejo de Kakamega, foram hospitalizadas e o estabelecimento de ensino fechado indefinidamente.

Em 4 de outubro, o funcionário da educação Bonface Okoth disse à mídia que 95 alunas haviam sido internadas, divulgou uma mídia africana.

De acordo com uma reportagem da rede BBC, as meninas estavam com dificuldades para caminhar, tinham paralisa nas pernas e também estavam sofrendo convulsões. Enquanto a natureza exata da doença continue desconhecida, a reportagem disse que especialistas acreditam que possa ser uma histeria em massa.

Um vídeo das alunas com dificuldades para andar devido à doença misteriosa circulou muito na mídia social.

Enquanto isso, a escola citou que as alunas terão permissão para voltar às aulas uma vez que a situação foi avaliada e medidas necessárias foram tomadas, divulgou a mídia local.

Autoridades no Quênia também teriam pedido aos pais e responsáveis das alunas afetadas que monitorassem a saúde de suas crianças de perto.

A histeria em massa é amplamente considerada um transtorno de conversão, uma condição de saúde mental que cria sintomas físicos causados por estresse emocional ou mental.

O transtorno é reconhecido como um comportamento coletivo, e sintomas espontâneos são tipicamente vistos em um grande grupo de indivíduos que influenciam um ao outro. Os sintomas são propagados visualmente e de forma auditiva. Uma vez presenciando os sintomas em alguém, a pessoa pode sofrer os mesmos.

Fonte: Hindustan Times, Newsweek

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Uso de alvejante e álcool em hospitais e casas pode estar alimentando superbactérias

Publicado em 10 de outubro de 2023, em Notícias do Mundo

Cientistas temem que misturas químicas, que matam bactérias, podem causar resistência a medicamentos.

Desinfetantes e antissépticos são comumente usados para limpar superfícies, instrumentos cirúrgicos e até mesmo a pele em cenários de cuidados da saúde (ilustrativa/banco de imagens)

Usar alvejante e álcool em hospitais e casas pode alimentar bactéria resistente a medicamentos, alertaram cientistas.

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Desinfetantes e antissépticos são comumente usados para limpar superfícies, instrumentos cirúrgicos e até mesmo a pele em cenários de cuidados da saúde.

Essas misturas químicas, clamadas de biocidas, ajudam a matar bactérias e outros micro-organismos.

Contudo, cientistas alertaram que a propagação e uso não regulado poderia, na verdade, aumentar a resistência a antibióticos, o que significa que germes desenvolvem a habilidade de vencer medicamentos designados a eliminá-los.

Uma equipe da Universidade de Macquaire em Nova Gales do Sul, na Austrália, analisou um “germe problema” chamado de Acinetobacter baumannii.

A bactéria altamente contagiosa pode causar uma variedade de doenças, incluindo pneumonia e meningite, e já é resistente a muitos antibióticos.

Os pesquisadores usaram verificação genética pata buscar genes que aumentaram ou diminuíram a sensibilidade da bactéria para 10 desinfetantes e antissépticos diferentes.

Eles descobriram que certos biocidas, incluindo gluconato de clorexidina, afetaram a maneira que a bactéria se comportava.

O gluconato de clorexidina é um desinfetante e antisséptico comumente usado para limpar a pele antes de cirurgia e para esterilizar instrumentos cirúrgicos. Ele também pode ser encontrado em alguns enxaguantes bucais.

Análise revelou que a bactéria A. baumanni reagiu a baixos níveis do antisséptico – e essas mudanças poderiam ajudá-la a sobreviver e crescer quando exposta a vários tipos de antibióticos.

Escrevendo no jornal Nature Microbiology, os autores disseram que baixos níveis de biocidas restando no ambiente devido a seu uso disseminado podem promover resistência a antibióticos – o que eles descreveram como uma “problema de saúde pública alarmante”.

“Biocidas são desinfetantes e antissépticos que são amplamente usados para desinfecção e limpeza tanto em casas quanto hospitais, mas pouco se sabe sobre seu impacto na emergência e propagação de infecções resistentes a vários medicamentos”, disseram eles.

“Em contraste com antibióticos, o uso de biocidas é amplamente desregulado”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que um crescente número de infecções como pneumonia, tuberculose, gonorreia e salmonela estão ficando mais difíceis de tratar, visto que antibióticos se tornam menos eficazes.

“A resistência a antibióticos está aumentando a níveis perigosamente altos em todas as partes do mundo”, segundo o site da OMS.

“Ela está sendo acelerada pelo mau uso e uso excessivo de antibióticos, assim como prevenção precária de infecções e controle”.

“Sem ação urgente, estamos seguindo para uma era pós-antibiótico, em que infecções comuns e pequenos ferimentos podem mais uma vez matar”.

Fonte: Daily Mail

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