Mais de 1 milhão de pessoas foram forçadas a deixar suas casas no norte da Faixa de Gaza desde quando Israel iniciou seu bombardeamento contra o Hamas, disseram as Nações Unidas no domingo (15), alertando sobre condições graves em terra.
Israel declarou guerra contra o grupo militante no domingo passado, um dia após seu combatentes terem invadido a fronteira altamente fortificada e metralhado, apunhalado e queimado até a morte mais de 1,4 mil pessoas, a maioria delas civis.
O bombardeamento persistente desde então contra aqueles que idealizaram o ataque arrasaram bairros e deixaram pelo menos 2.670 pessoas mortas na Faixa de Gaza, a maioria palestinos comuns.
Mas enquanto Israel busca se vingar do pior ataque em sua história, a Liga Árabe e a União Africana alertaram que a invasão poderia levar a “um genocídio de proporções sem precedentes”.
O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, pediu ao Hamas que soltasse todos os reféns e que Israel permitisse ajuda humanitária para Gaza, alertando que a região estava “à beira do abismo”.
Os EUA, que ofereceram incontestável apoio a Israel, estão preocupados com a disseminação da violência, e enviaram dois porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental como dissuasão.
Em Washington, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que temia o prospecto do Irã “se engajar diretamente”, após ele ter elogiado o ataque do Hamas, mas insistido que não estava envolvido.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez um tour nos últimos dias por capitais do Oriente Médio em uma rodada frenética de diplomacia para evitar uma crise mais ampla em uma região volátil.
Blinken apelou para a China usar suas influências na região para aliviar as tensões.
Entretanto, no domingo (15), o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que a resposta de Israel “foi além do âmbito de autodefesa”.
Israel acumulou milhares de homens e armamento pesado no deserto ao sul do país, esperando a luz verde para entrar no norte de Gaza.
As tropas pediram para 1,1 milhão de palestinos no norte da Faixa de Gaza, cerca da metade de sua população de 2,4 milhões, seguisse para o sul de forma segura.
Mas ainda havia ataques aéreos israelenses no sul, incluindo em Rafah, onde um residente disse que a casa de um médio foi alvo.
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Gebreyesus, pediu no domingo que Hamas soltasse todos os reféns civis, e também manifestou preocupação ao preços que civis palestinos e crianças estavam pagando nos ataques israelenses a Gaza.
Fonte: Channel News World