O Gabinete de Israel aprovou nesta quarta-feira (22) um cessar-fogo temporário com o grupo militante Hamas que deve causar a primeira pausa em combate em uma guerra devastadora que dura 6 semanas e libertar dezenas de reféns mantidos na Faixa de Gaza.
O acordo pede por um cessar-fogo de 4 dias, durante o qual Israel suspenderá ofensiva militar em Gaza enquanto o Hamas liberta “pelo menos” 50 dos 240 reféns que o grupo e outros militantes mantêm, disse o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Os primeiros reféns a serem libertados serão mulheres e crianças.
Reportagens da mídia antes desta decisão disseram que Israel libertaria cerca de 150 prisioneiros palestinos e permitiria a entrada de ajuda humanitária a Gaza como parte do acordo, mas a declaração israelense não fez menções sobre nenhum desses elementos. Não ficou claro quando a trégua, intermediada pelos EUA e Qatar, entraria em vigor.
Antes desta aprovação, que ocorreu após uma reunião de 6 horas se estendendo pela madrugada, Netanyahu disse que a guerra contra o Hamas seria retomada após a trégua expirar.
“Estamos em guerra e continuaremos em guerra”, disse ele. “Continuaremos até alcançarmos nossas metas”.
Apesar das palavras duras, a declaração do governo disse que a trégua seria estendida em um dia extra a cada 10 reféns adicionais libertados pelo Hamas.
A guerra começou em 7 de outubro quando vários militantes do Hamas invadiram a fronteira com Israel, matando pelo menos 1,2 mil pessoas e levando várias como reféns. A maioria dos mortos eram civis, enquanto os reféns incluem crianças pequenas, mulheres e idosos.
Israel respondeu com semanas de ataques aéreos intensos em Gaza, seguidos por uma invasão terrestre que começou há 3 semanas.
Mais de 11 mil palestinos foram mortos durante a ofensiva israelense, de acordo com o Ministério da Saúde no território dominado pelo Hamas.
Fonte: AP News