Seis semanas após a cirurgia altamente experimental, o homem de 58 anos morreu (ilustrativa/banco de imagens)
A segunda pessoa que recebeu um transplante de coração de porco morreu, cerca de 6 semanas após a cirurgia altamente experimental, anunciaram na terça-feira (31) médicos em Maryland, nos EUA, que estavam acompanhando o paciente.
Lawrence Faucette, de 58 anos, estava morrendo em decorrência de insuficiência cardíaca e não era elegível para um transplante de coração tradicional quando recebeu o órgão de porco geneticamente modificado em 20 de setembro.
De acordo com a Escola de Medicina da Universidade de Maryland, o coração pareceu saudável no primeiro mês, mas começou a apresentar sinais de rejeição nos últimos dias. Faucette morreu na segunda-feira (30).
Em uma declaração divulgada pelo hospital, a esposa de Faucette, Ann, disse que seu marido “sabia que seu tempo conosco era curto e que essa era sua última chance de fazer pelos outros. Ele nunca imaginou que sobreviveria por tanto tempo como foi”.
No ano passado, a equipe de Maryland realizou o primeiro transplante de um coração de porco geneticamente alterado em um outro homem que estava morrendo.
David Bennet sobreviveu 2 meses antes do coração falhar, por razões que não estão completamente claras, embora sinais de um vírus de porco tenham sido encontrados dentro do órgão. Lições do primeiro experimento levaram a mudanças, incluindo melhor testagem de vírus, antes da segunda tentativa.
Tentativas de transplantes de órgãos de animais para humanos – chamados de xenotransplantes – têm falhado por décadas, visto que os sistemas imunes das pessoas destroem imediatamente o tecido estranho. Agora, cientistas estão tentando novamente usando porcos geneticamente modificados para tornar seus órgãos mais parecidos com os dos humanos.
Muitos cientistas têm a esperança de que xenotransplantes possam, um dia, compensar a ampla escassez de doações de órgãos humanos.
Fonte: Mainichi
