A chefe do Fundo das Nações Unidas para Crianças (UNICEF) chamou na quarta-feira (22) a cercada Faixa de Gaza de “lugar mais perigoso do mundo para ser uma criança” e disse que o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas não era suficiente para salvar suas vidas.
A diretora executiva da UNICEF, Catherine Russel, disse no Conselho de Segurança das Nações Unidas que mais de 5,3 mil crianças teriam sido mortas em Gaza desde o ataque de Israel em 7 de outubro, contando por cerca de 40% dos óbitos.
“Isso é sem precedentes”, disse Russell, que havia acabado de retornar de uma viagem ao sul de Gaza. “Estou sendo assombrada pelo que vi e ouvi”.
Russell saudou um acordo alcançado na quarta-feira (22) por Israel e o Hamas para libertar reféns e dar uma pausa no combate feroz e bombardeamento em Gaza.
Cerca de 240 pessoas, de crianças pequenas a idosos, foram tomadas como reféns durante o ataque de 7 de outubro por militantes do Hamas que matou cerca de 1,2 mil em Israel, a maioria civis, de acordo com autoridades israelenses.
Contudo, Russell disse que uma pausa não é suficiente e pediu um “cessar-fogo humanitário para colocar um fim imediatamente nessa carnificina”.
Russell disse que mais 1,2 mil crianças podem estar sob os escombros de prédios bombardeados ou desaparecidas.
“Além de bombas, foguetes e tiros, as crianças em Gaza estão sob risco extremo de condições de vida catastróficas”, acrescentou Russell.
“Um milhão de crianças, ou todas do território, estão sob insegurança alimentar, enfrentando o que poderia se tornar em breve uma crise alimentar catastrófica”.
Fonte: Channel News Asia