O Japão encerra o ano de 2023 sem um único condenado à morte executado, foi confirmado na sexta-feira (28).
Sob a lei japonesa de tratamento de presos e detidos, a pena de morte não pode ser realizada de 29 de dezembro a 3 de janeiro.
Essa é a primeira vez desde 2020 sem execuções de condenados à morte pelo estado.
Atualmente, há 107 pessoas sob condenações de morte finalizadas no Japão.
Entre janeiro e dezembro de 2023, o Japão presidiu as nações industriais líderes do G7 e estava aparentemente cauteloso em relação a críticas internacionais crescentes sobre o sistema de pena capital.
Acredita-se também que a mudança de ministros da Justiça durante a segunda remodelação do Gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida em setembro tenha influenciado a decisão de não realizar quaisquer execuções.
De acordo com o Ministério da Justiça, três novas condenações de morte foram finalizadas em 2023, e três presos morreram na prisão.
As penas capitais foram finalizadas para Hayato Imai, que foi considerado culpado por jogar fatalmente 3 residentes de varandas de um lar para idosos em Kawasaki (Kanagawa) em 2014; Takashi Uemura, de 57 anos, que foi condenado por matar 2 pessoas incluindo um ex-membro de gangue entre 2010 e 2011 e Toshihiko Iwama, que foi condenado por atrair dois conhecidos para Manila, nas Filipinas, e assassiná-los para conseguir dinheiro de seguro entre 2014 e 2015.
Desses presos, Iwama morreu em decorrência de doença em agosto deste ano aos 49 anos.
O condenado à pena capital, Yuji Kubota, que foi culpado pela morte de um casal rico de Hokkaido em 1988, também morreu, em setembro, aos 78 anos por insuficiência respiratória.
Enquanto isso, Miyuki Ueta, que foi condenada por matar dois homens na província de Tottori em 2009, morreu aos 49 anos após se engasgar com comida.
Fonte: Mainichi