O primeiro-ministro Fumio Kishida pediu nesta segunda-feira (25) que empresas no Japão aumentem salários em um ritmo mais rápido do que neste ano, visto que a terceira maior economia do mundo está em uma encruzilhada em sair completamente da deflação.
“Gostaria de pedir a colaboração de você em realizar aumentos salariais que excedem os deste ano”, disse Kishida em uma reunião organizada pelo maior lobby de negócios do Japão, conhecido como Keidanren. Ele não menciou uma meta numérica.
Kishida também revelou a necessidade de suporte para rendimentos disponíveis das pessoas, com um corte de impostos podendo ser implementado no ano que vem.
Os comentários ocorreram antes das anuais negociações salariais “shunto” entre uniões de gestão e trabalho que começarão no próximo ano.
Em termos de aumentos nos pagamentos, o Japão viu seu melhor resultado em cerca de 3 décadas para o atual ano fiscal, com uma média de 3,99% de subida realizada por principais companhias e 3% pelas menores.
O governo e o Banco do Japão veem futuros crescimentos salariais como cruciais em ajudar famílias a se levantarem da atual crise de custo de vida e fazer com que a nação alcance inflação estável.
Masazaku Tokura, que lidera o Keidanren, chamado formalmente de Federação de Negócios do Japão, disse que é importante seguir com aumentos salariais “com mais energia e determinação mais forte” do que este ano para superar completamente a deflação em cooperação com o governo.
Fonte: Asia Nikkei