A causa do trágico acidente entre duas aeronaves, no fim do dia de terça-feira (2), começa a ser elucidada. Houve uma colisão entre o Bombardier DHC-8 usado pela Guarda Costeira e um Airbus A350-900 da Japan Airlines (JAL), o qual é 10 vezes mais pesado e mais de 2 vezes maior.
Foi feita a divulgação dos registros das comunicações entre os controladores do Aeroporto de Haneda com os pilotos, pelo Ministério de Terras, Infraestruturas, Transportes e Turismo (MLIT), de 4 minutos.
A aeronave da Guarda Costeira do Japão foi instruída a prosseguir até o ponto em frente à pista C, onde ocorreu o acidente. O comandante da aeronave da Guarda Costeira do Japão recebeu e confirmou a instrução, mas depois disso, nenhuma permissão foi dada para taxiar para a decolagem.
No entanto, o capitão da Guarda Costeira do Japão, que sofreu queimaduras graves e está recebendo tratamento, mas está consciente, disse em entrevista que recebeu permissão do controlador de tráfego aéreo para a decolagem.
Por outro lado, o comandante da aeronave da JAL recebeu instrução para pouso. Por isso, quando já havia pousado na pista C foi chocado pelo avião da Guarda Costeira, o qual explodiu e incendiou, incendiando também o da JAL.
18 minutos para salvar 379 passageiros e 12 tripulantes
“O avião da JAL foi então até ao fim da pista e parou, mas foi porque parou que foi possível fazer uma evacuação de emergência. Acredito que a razão pela qual o avião conseguiu taxiar em linha reta sem se desviar da pista, em meio às chamas, foi devido aos esforços desesperados do piloto”, avaliou positivamente um ex-comandante da JAL, Hiroyuki Kobayashi.
Assim, a evacuação dos 379 passageiros, incluindo 8 crianças, pode ser realizado em 18 minutos, pois o comandante foi o último a descer pelo escorregador, exatamente às 18h05.
Um porta-voz da JAL afirmou que os comissários de bordo puderam tomar as suas próprias decisões e agir ao mesmo tempo que verificavam a segurança dos passageiros, o que levou à evacuação de todos os passageiros.
Os 3 pilotos da JAL foram ouvidos e todos relataram que não viram a aeronave da Guarda Costeira, sendo que um deles disse que num instante, pouco antes do choque viu algo que não pode identificar.
Fontes: NHK, JNN e Yomiuri