Danos causados pelo forte terremoto em rua na cidade de Suzu, província de Ishikawa (NHK)
O forte terremoto que abalou a província de Ishikawa na segunda-feira (1º) causou alterações na crosta de até 3 metros na região de Noto perto do epicentro.
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A Autoridade de Informação Geoespacial do Japão (GSI) analisou movimentos da crosta antes e depois do tremor. Dados foram coletados pelo satélite de observação da Terra, o Daichi-2.
Funcionários da GSI disseram que descobriram alterações na crosta na península de Noto,de até 3m, no oeste da cidade de Wajima, e um máximo de 1m nas partes no norte de Suzu.
Eles dizem que não podem determinar por dados em quais direções o solo sofreu alteração.
Segundo funcionários da GSI, o solo sofreu alteração de 1 a 2 metros em uma série de terremotos em 2016 na província de Kumamoto. Eles disseram que uma alteração na crosta foi causada pelo terremoto de magnitude 7,2 que abalou zonas interiores nas províncias de Iwate e Miyagi no ano de 2008.
A GSI disse que números preliminares indicam que um ponto de observação na cidade de Wajima se moveu horizontalmente em cerca de 1,3m para o oeste.
A análise também indica uma alteração para oeste de cerca de 1m no vilarejo de Anamizu e de 80cm na cidade de Suzu.
O GSI disse que grandes alterações na crosta possivelmente destruíram construções na região.
O Ministério de Terras, Infraestrutura, Transporte e Turismo do Japão (MLIT) informou que por causa da colisão entre as duas aeronaves – JAL e da Guarda Costeira – na pista C do Aeroporto de Haneda, Tóquio, no fim da tarde de terça-feira (2), ocorreram dois incêndios, causando a morte de 5 dos 6 tripulantes da Guarda Costeira, na faixa dos 27 aos 56 anos. O único sobrevivente é o capitão, cujo estado é grave.
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Após a confirmação, constatou-se que antes do acidente o controlador havia dado permissão à aeronave da Japan Airlines (JAL) para entrar na pista, enquanto a aeronave da Guarda Costeira do Japão havia sido instruída a seguir para a pista.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes iniciará uma investigação em grande escala na quarta-feira (3) para analisar as circunstâncias detalhadas da ocasião, incluindo as interações entre os controladores do tráfego aéreo e os capitães.
Avião da Guarda Costeira destruído (manhã de quarta-feira, NHK)
Antes das 18h de terça-feira, a aeronave do voo 516 da JAL que partiu do Aeroporto de Shin Chitose (Hokkaido), com destino a Haneda, colidiu com o avião da Guarda Costeira, com 6 tripulantes, carregado de suprimentos para as vítimas do Terremoto da Península de Noto do Ano Reiwa 6, em Ishikawa.
Por causa da colisão, a aeronave da JAL com 379 pessoas a bordo, sendo 8 crianças e 12 tripulantes, pegou fogo. Todos os passageiros foram evacuados da aeronave através das saídas de emergência, nos escorregadores, mas 14 delas foram encaminhadas para os cuidados médicos devido a hematomas e más condições físicas.
Um dos passageiros gravou um vídeo mostrando o desespero dentro da aeronave da JAL, no qual se ouvem vozes de pessoas clamando “tire-nos logo daqui”.
Foto cedida para o Sankei, do pai de uma passageira que lhe enviou mensagem de dentro do avião em chamas
Uma passageira enviou uma foto de dentro do avião para seu pai, 56 anos, de Saitama, que estava no aeroporto para ir buscá-la. Ao telefone disse que “o avião pegou fogo. Vamos ser evacuados descendo do escorregador”. O pai relatou que a companhia aérea não fornecia informações e ele ficou apreensivo ao ver a cena do aeroporto. Depois que a encontrou se sentiu aliviado, pois saiu ilesa.
Especialistas para ajudar na investigação do acidente aéreo
Foram necessários 63 caminhões dos bombeiros para extinção dos dois aviões incendiados, cuja atividade foi controlada por volta das 21h.
Destroços do Airbus 350 da JAL (manhã de quarta-feira, NHK)
A companhia Airbus emitiu comunicado logo após o acidente com incêndio, informando que a aeronave Airbus 350 foi entregue à JAL em novembro de 2021. Também declarou que está enviando uma equipe de especialistas para o Japão para dar suporte à investigação no Japão sob uma perspectiva técnica.
O Bureau de Investigação de Acidentes Aéreos da França também está enviando uma equipe para o Japão.