Na quarta-feira (14) o Japan Research Institute (JRI), traduzido livremente como Instituto de Pesquisa do Japão, divulgou o resultado da sua análise em relação ao número de bebês nascidos em 2023 no país.
Segundo o JRI estima-se que tenham nascido 726 mil bebês, 40 mil a menos do que no ano anterior (2022). Foi o menor número desde que o governo do Japão começou as estatísticas, no ano de 1.899.
A análise diz que é uma estimativa, já que os dados disponíveis são de janeiro a setembro do ano passado. De outubro a dezembro foi feito um cálculo estimativo.
Além disso, a taxa de fecundidade – estimativa do número de filhos que uma mulher tem ao longo da vida – deverá cair para 1,20.
Em relação aos casamentos, em 2022 foram estabelecidos 504.930 novos casais, mostrando um aumento depois de 3 anos. Mas, em 2023 foram realizados 476 mil casamentos, o que mostra uma queda de 5,8% em relação ao ano anterior.
O declínio no número de casamentos impacta no nascimento de bebês. Havia uma esperança de recuperação pós pandemia do coronavírus, já que muitos casais adiaram a cerimônia, mas isso não aconteceu.
Um dos grandes motivos é a queda no número de mulheres que não desejam se casar, uma vez que são mais susceptíveis de serem oneradas pelo parto e pelo casamento em si do que os homens. São mais propensas a perder as suas carreiras e rendimentos, mesmo com o avanço do progresso social.
“Há uma necessidade urgente de eliminar as disparidades de gênero e os vieses inconscientes, e de criar um ambiente onde tanto os homens como as mulheres possam desempenhar papéis iguais na sociedade e na família”, destacou a JRI.
Fontes: divulgação e NHK