O que pode ser o objeto mais brilhante no universo, um quasar com um buraco negro em seu centro que cresce tão rápido e engole o equivalente a um Sol por dia, foi identificado por astrônomos.
O quasar quebrador que recordes brilha 500 trilhões de vezes mais do que o nosso Sol (ilustrativa/banco de imagens)
Astrônomos descobriram o que pode ser o objeto mais brilhante no universo, um quasar com um buraco negro em seu centro que cresce tão rápido e engole o equivalente a um Sol por dia.
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O quasar quebrador que recordes brilha 500 trilhões de vezes mais do que o nosso Sol.
O buraco negro que alimenta esse quasar distante é 17 bilhões de vezes mais imenso do que o nosso Sol, reportou uma equipe australiana na segunda-feira (19) no jornal Nature Astronomy.
Enquanto o quasar lembre um mero ponto nas imagens, cientistas visualizam um lugar feroz.
O disco em rotação no buraco negro do quasar – o gás espiral luminoso e outras matérias de estrelas engolidas – é como um furacão cósmico.
“Esse quasar é o local mais violento que conhecemos no universo”, disse o autor líder Christian Wolf da Universidade Nacional Australiana em um email.
O Observatório Europeu do Sul avistou o objeto, chamado de J0529-4351, durante uma pesquisa nos céus em 1980, mas eles acreditaram que se tratava de uma estrela.
Ele não havia sido identificado como um quasar – o núcleo extremamente ativo e luminoso de uma galáxia – até o ano passado. Observações por telescópios na Austrália e no Deserto do Atacama no Chile concluíram isso.
Essas últimas observações e modelos feitos por computador determinaram que o quasar está engolindo o equivalente a 370 Sóis por ano – cerca de um por dia.
Outras análises mostram que a massa do buraco negro é de 17 a 19 bilhões de vezes maior do que a do nosso Sol, de acordo com a equipe. Mais observações são necessárias para compreender a proporção de crescimento.
O quasar está a uma distância de 12 bilhões de anos-luz da Terra e existe desde os dias iniciais do universo. Um ano luz equivale a 9,46 trilhões de quilômetros.
Fonte: AP News