Em 31 de janeiro, o Comitê Judiciário do Senado dos EUA realizou uma audiência sobre exploração sexual on-line de crianças, na qual os principais executivos de cinco empresas de mídia social testemunharam. Os senadores acusaram duramente essas empresas de “falharem” na proteção de crianças contra predadores sexuais e problemas de saúde mental. Eles pressionaram para obter apoio para uma nova legislação que estabeleceria restrições.
O Comitê Judiciário, composto por 21 membros, pediu aos CEOs das cinco empresas que testemunhassem como parte de seus esforços para responsabilizar a Meta Platforms e a X (antigo Twitter), a Snap, a Discord e a TikTok por seu impacto sobre adolescentes e crianças.
A proliferação de conteúdo on-line mostrando abuso sexual infantil e o aumento de casos de empresas de tecnologia que não protegem as crianças dos criminosos estão forçando os conselhos a reagir. Também surgiram preocupações sobre o impacto do uso da mídia social na saúde mental dos jovens.
Em meio a essa situação, nesta segunda-feira (12), o presidente americano Joe Biden criou uma conta na rede social Tiktok em jogada eleitoral visando a próxima eleição presidencial, que será realizada em 5 de novembro de 2024.
No entanto, o governo Biden proibiu o uso desse aplicativo, que é operado por uma empresa chinesa, para agências governamentais devido a preocupações com vazamentos de informações, e houve algumas críticas ao seu uso em campanhas eleitorais.
Acredita-se que o uso do aplicativo tenha como objetivo conquistar o apoio da geração mais jovem, e o primeiro vídeo postado mostra o Presidente Biden respondendo, em tom de brincadeira, a perguntas sobre o Super Bowl, que foi realizado naquele dia para decidir o campeão da liga profissional de futebol americano dos EUA.
O TikTok é operado por uma empresa chinesa, o que levantou preocupações nos EUA sobre vazamentos de informações para o governo chinês, e o governo Biden proibiu as agências federais de usar o aplicativo em dispositivos oficiais desde o ano passado.
Nesse contexto, o uso do aplicativo em campanhas eleitorais foi criticado.
Mark Warner, presidente do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA (CIA), disse nesta segunda (12) que estava preocupado com as implicações de segurança da campanha do presidente Biden ao abrir uma conta no aplicativo.
“Acho que ainda precisamos encontrar uma maneira de seguir o exemplo da Índia, que proibiu o TikTok completamente“, comenta Warner.
Fonte: Bloomberg, Reuters e NHK