De acordo com dados da polícia nesta quinta-feira (7), o número de golpes de investimentos praticados através da mídia social vem aumentando acentuadamente no Japão desde julho de 2023 em meio a um crescente interesse público em comércio de ações com avanços no mercado japonês.
O número de tais golpes conduzidos mensalmente usando o Facebook, Instagram e outras plataformas de mídia social aumentaram de 204 em julho passado para 369 em dezembro, disse a Agência Nacional de Polícia (ANP).
O aumento nos seis meses anteriores foi de 85 para 120.
Danos totalizaram cerca de ¥27,79 bilhões (US$187 milhões), com muitos golpes envolvendo vítimas realizando várias transferências para contas em um curto período de tempo. O maior prejuízo em um caso foi de ¥340 milhões.
O aumento nos golpes de investimento ocorre enquanto o governo japonês encoraja uma mudança de economias para investimentos no mercado de ações, renovando seu programa de investimento isento de impostos NISA em janeiro.
Um alto funcionário da ANP disse que mais oportunidades para investimento online foram um outro fator por trás do aumento acentuado em golpes.
Enquanto isso, a ANP também disse que golpes do amor online em que criminosos adotam identidades falsas para se passar por parceiros românticos e extorquir dinheiro cresceram durante todo o ano de 2023, com tais casos aumentando de 88 em janeiro para 170 em dezembro.
Danos em decorrência de golpes do amor totalizaram ¥17,73 bilhões, disse a ANP.
Dentre as vítimas dos golpes do amor, 72,4% foram induzidas a investir para continuar a relação, disse a ANP.
Mais da metade das vítimas dos golpes de investimentos e do amor através da mídia social eram homens na faixa dos 50 a 60 anos e mulheres entre 40 e 50 anos.
Na maioria dos casos, os golpistas fazem o primeiro contato com as vítimas principalmente através do Facebook e apps de encontros, com cerca de 90% das ocorrências então indo parar em apps de troca de mensagens como o Line, disse a ANP.
A agência notificou departamentos de polícias provinciais no país para intensificarem contramedidas e promover o compartilhamento de informação.
Fonte: News and Culture