Um alemão foi recebeu intencionalmente mais de 200 vacinas contra covid-19, mas segundo pesquisadores ele estava bem, e não apresentou efeitos colaterais.
O Lancet, um jornal científico, publicou um relatório no início desta semana que investigou o homem de 62 anos de Magdeburg, uma cidade a cerca de 2 horas de Berlim, o qual recebeu deliberadamente 217 vacinas contra coronavírus em um período de 29 meses.
Pesquisadores citaram que ele recebeu as vacinas fora de um estudo clínico e contra as recomendações nacionais relacionadas a imunizantes.
Eles também concluíram que, embora a “hipervacinação” do homem não tenha resultado em quaisquer efeitos colaterais, ela também não melhorou de forma significativa sua resposta imune.
Um promotor público em Magdeburg abriu uma investigação sobre o caso alegando fraude, mas nenhuma acusação criminal foi apresentada.
Pesquisadores fizeram um pedido ao homem, que não foi nomeado no estudo, para analisar a resposta imunológica à dosagem anormal de vacina.
Ele forneceu informação médica e doou sangue e saliva. O homem não relatou quaisquer efeitos colaterais em relação a vacinas e não testou positivo para Covid desde maio de 2022 quando os especialistas começaram a examinar seu caso.
O estudo descobriu que o homem tinha mais células T (responsáveis pela defesa do organismo) do que outras pessoas que haviam recebido três doses de vacina contra Covid, mas elas tiveram eficácia similar àquelas para os indivíduos que receberam a dosagem normal.
Desta forma, os pesquisadores não conseguiram determinar se as doses iniciais recomendadas impediram que ele testasse positivo, ou se as vacinas adicionais foram um causa direta.
O homem teria recebido 217 doses entre junho de 2021 e novembro de 2023. Das vacinações reportadas, 134 foram confirmadas pela promotoria através de documentação de centros de vacinação e 83 reportadas pelo próprio homem.
Os pesquisadores citaram que enquanto o homem não tenha sofrido quaisquer efeitos colaterais relacionados às vacinas, “eles não apoiam a hipervacinação como estratégia para melhorar a imunidade adaptativa”.
De acordo com a CNN, que divulgou o caso pela primeira vez, o homem foi preso no início de março de 2022 após autoridades terem suspeitado que ele estava recebendo certificados de vacinação e os vendendo a terceiros.
Ele foi preso durante uma época quando prova de vacinação era exigida para acessar locais públicos e viajar por toda a Europa.
Fonte: The Hill