Por causa do chamado problema da logística 2024, várias empresas como Nippon Express (Nittsu), Sagawa, Fukuyama, Kangaroo Seino, Yamato e outras já introduziram bitrens de 25 metros de comprimento para o transporte.
Esse problema que a partir de abril deste ano se torna muito sério é causado pela regulação das horas extras dos motoristas, além da escassez desses profissionais e a idade média deles. Segundo o site do Ministério das Terras, Infraestrutura, Transporte e Turismo (MLIT), 37% têm 50 anos ou mais, sendo que na faixa dos 40 aos 49 anos o percentual é de 32%.
Comparando com os bitrens do Brasil, a configuração do Japão é um pouco diferente, com 6 ou 8 eixos, enquanto lá se usam os de 7 ou 9. Outra diferença é a carga máxima, de 57 ou até 74 toneladas no Brasil. As rodovias e vias expressas do Japão não permitem tanto peso ou é necessário tirar uma autorização especial. As do Japão são chamadas de carreta dupla articulada (ダブル連結トラック), na tradução literal.
A Toyota Motor introduziu o bitrem na sua frota, além de aumentar o uso de trens, como as demais empresas, para solucionar parcialmente esse problema da logística 2024.
Segundo o MLIT, que facilitou a licença às empresas de logística ao uso desses bitrens de 21 e 25 metros de comprimento, também vem ampliando as instalações de pedágio e estacionamento das vias expressas para facilitar o tráfego dessas carretas, já que elas colaboram também para reduzir a emissão de carbono.
Fontes: Chubu Keizai Shimbun e MLIT