O AliExpress do Alibaba pode enfrentar multa pesada após a Comissão Europeia ter aberto em 14 de março uma investigação sobre a disseminação de materiais potencialmente ilegais e pornográficos, a terceira investigação do tipo após a plataforma de mídia social X e TikTok.
A medida ocorre sob poderes concedidos à gestão da UE da Lei de Serviços Digitais (DAS), a qual exige que companhias realizem mais ações para combater produtos ilegais e prejudiciais em suas plataformas e seguiu um solicitação por informação enviada ao AliExpress em novembro passado.
Funcionários da comissão disseram a repórteres que estavam preocupados com a disseminação em potencial de produtos ilegais como medicamentos falsos, não conformidades na indústria de alimentos e suplementos alimentares ineficazes no AliExpress.
Eles também estão buscando possíveis links escondidos onde produtos não conformes podem ser vendidos de uma maneira que não é transparente aos usuários e o papel de influenciadores nesse assunto.
“Não encontramos ainda nesse estágio que o AliExpress não está alinhado. Estamos simplesmente suspeitando que temos elementos com os quais eles não estão em conformidade. Essa não é uma descoberta de uma violação”, disse um dos funcionários.
O AliExpress disse que respeitava todas as regras aplicáveis e regulamentos nos mercados onde ele opera.
As chamadas VLOPs (very large online platforms – plataformas online de grande dimensão) como o AliExpress são companhias com mais de 45 milhões de usuários na Europa que estão sujeitas às regras mais duras da DAS. Violações podem levar a multas de até 6% do faturamento anual global.
A comissão também enviou solicitações pedindo informação ao Bing da Microsoft, Google Search, Facebook e Instagram da Meta Platforms, Snapchat, TikTok da Byte Dance, e o X de Elon Musk sobre seus usos de inteligência artificial generativa.
Funcionários da comissão disseram que eles querem saber se as companhias conduzem avaliações de risco e medidas de mitigação para combater conteúdo de IA generativa potencialmente prejudicial.
A crescente popularidade de sistemas de IA generativa como o ChatGPT da OpenAi e o chatbot Gemini do Google alimentaram preocupações em relação à desinformação e notícias falsas.
Fonte: Asia Nikkei