Um total de 383 gestantes foram infectadas por sífilis em 2023, o maior número para o Japão desde 2019, de acordo com dados preliminares compilados pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID).
O NIID acrescentou dados sobre gestantes infectadas por sífilis a suas estatísticas em 2019.
O instituto pediu cautela porque bebês com sífilis congênita – que é transmitida pela placenta – podem desenvolver perda de audição ou incapacidade intelectual.
O número total de casos de sífilis confirmado em 2023 chegou a 14.906, o maior desde 1999 quando o atual método de pesquisa foi introduzido, de acordo com cálculos preliminares divulgados pelo NIID.
Mais gestantes também foram infectadas por sífilis. O número de gestações confirmadas quando a sífilis foi diagnosticada era de 200 por ano de 2019 a 2021.
O número subiu para 267 em 2022 e para 383 em 2023, um aumento de aproximadamente 40%.
Os cálculos preliminares para 2023 também mostraram que o número de bebês com sífilis congênita chegou a uma alta recorde.
A sífilis é transmitida principalmente através de contato sexual. Ela causa feridas nas áreas genitais e boca, e erupções cutâneas por todo o corpo. A infecção é detectada através de teste de sangue.
Das grávidas infectadas por sífilis, 75,2% não tinham sintomas confirmados na época de seus diagnósticos em 2023. A sífilis pode ser tratada com agentes antimicrobianos.
“O teste de sífilis durante o pré-natal pode detectar a infecção mesmo se a paciente é assintomática, então queremos ter certeza que as grávidas sejam submetidas a ele”, disse o professor Hiroshige Mikamo da Universidade Médica de Aichi, especialista em doenças clínicas infecciosas.
“Se houver infecção, tratamento imediato antimicrobiano pode reduzir o risco de transmissão de mãe para criança”.
Fonte: Yomiuri