Mais de 40% dos municípios do Japão podem eventualmente desaparecer devido a um declínio acentuado da população causado por uma taxa de natalidade cronicamente baixa, de acordo com um estudo realizado por um grupo privado de especialistas.
O estudo divulgado na quarta-feira (24) pelo Conselho de Estratégia Populacional (PSC) considera municípios locais que provavelmente veriam suas populações de mulheres entre 20 a 39 anos – o grupo etário fértil de núcleo– reduzidas pela metade entre 2020 e 2050 como tendo risco de desaparecer.
Dos 1.729 municípios locais a nível nacional, o estudo identificou 744 com tal risco.
O Conselho de Políticas do Japão, uma organização extinta, havia lançado um relatório similar em 2014, em que ela estimava que 896 municípios desapareceriam eventualmente devido a fatores similares.
O estudo divulgado na quarta-feira (24) classificou 99 novos municípios como estando sob risco de desaparecer, enquanto 239 que estavam listados no relatório de 2014 não foram designados desta vez.
O PSC citou mais imigrantes como principal fator que contribuiu para a diferença entre essas duas estimativas, enquanto enfatiza que a tendência geral de taxa de natalidade baixa não melhorou.
Por área, a região Tohoku ficou em 1º tanto no número quanto em porcentagem de municípios sob risco de desaparecer, ilustrando o quão urgentemente ela precisa tomar medidas para prevenir saídas populacionais e aumentar taxas de natalidade.
Em contraste, a região Kanto, onde fica Tóquio, tem 91 municípios sob risco e 21 “municípios de buraco negro” – um termo criado pelo PSC o qual indica taxas de natalidade extremamente baixas e uma dependência alta de influxos populacionais para crescimento.
Desde abril, o Japão tem uma população estimada de 124 milhões, cerca de 3 milhões a menos do que em 2015, de acordo com dados do governo.
Fonte: Japan Times