Bandeiras do Japão e do Brasil (banco de imagens)
O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, prometeram na sexta-feira (3) aprofundar cooperação em descarbonização enquanto planejam uma estrutura para popularizar biocombustíveis e veículos híbridos.
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Kishida se encontrou com Lula no Brasil, que está competindo com a China e Índia pela liderança do Sul Global – formado por países emergentes e em desenvolvimento que estão se tornando mais fortes na comunidade internacional.
O Brasil também está assumindo a presidência deste ano do G20 das nações industrializadas e mercados emergentes.
Na reunião, Kishida compartilhou preocupações sobre a crise do Oriente Médio e a guerra na Ucrânia e criticou o desenvolvimento nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.
Os líderes afirmaram a importância de manter e fortalecer uma ordem internacional baseada na regra da lei. O Japão visa construir uma ampla variedade de projetos cooperativos para evitar que o Brasil se apoie muito na China e Rússia.
Uma declaração conjunta foi compilada com 10 áreas de cooperação compreensiva.
Os lados concordaram em um pacote de cooperação de descarbonização, o qual inclui uma estrutura sobre promover combustíveis sustentáveis e transporte.
O Brasil é o segundo maior produtor de bioetanol do mundo, derivado da cana de açúcar e de outras matérias-primas, após os EUA. O Japão e o Brasil concordaram em expandir o uso de bioetanol e outros combustíveis sustentáveis, incluindo combustíveis sintéticos baseados em dióxido de carbono.
O Japão tem forças em transporte, especialmente automóveis. Também é esperado que o bioetanol seja usado como matéria-prima para combustível de aviação sustentável. Além de apoiar projetos corporativos em ambos os países, Japão e Brasil visam expandir comércio bilateral e o mercado global.
Embora veículos elétricos estejam ganhando popularidade em todo o mundo, construir infraestrutura de recarga é caro e demorado para países em desenvolvimento, levando a uma necessidade de veículos híbridos e biocombustíveis. A esperança é de espalhar essas posições na cúpula do G20 em novembro.
Desde o início do ano, principais montadoras japonesas como a Toyota Motor e a Honda Motor vêm fazendo investimentos de larga escala no Brasil.
Os líderes esperam que mais investimento no setor industrial leve a uma relação mais forte.
Fonte: Asia Nikkei