
Até 70% das 55 milhões de pessoas no mundo com demência têm Alzheimer (ilustrativa/banco de imagens)
A Takeda Pharmaceutical do Japão chegou a um acordo no valor de até US$2,2 bilhões para desenvolver uma vacina contra Alzheimer fabricada pela startup suíça AC Immune, enquanto farmacêuticas se apressam a fim de investir em novos tratamentos potencialmente lucrativos para a doença.
A vacina é uma de uma onda de novos medicamentos seguindo para o mercado, incluindo o lecanemab, desenvolvido pela empresa japonesa Eisai, que recebeu aprovação regulatória dos EUA no ano passado.
No negócio da Takeda, a AC Immune receberá um pagamento antecipado de US$100 milhões, aumentando para US$2,1 bilhões se marcos forem alcançados, assim como mais de 10% em royalties de quaisquer vendas no mundo.
O grupo japonês pode avançar com o produto para o estágio final, testes de fase 3, disse a AC Immune, mas aprovação regulatória pode levar vários anos.
Testes iniciais não identificaram preocupações com a segurança, disse Andrea Pfeifer, chefe executiva da empresa de biotecnologia.
Entretanto, a AC Immune não teria dados de eficácia para o medicamento até ela ter completado um ensaio intermediário dentro dos próximos 12 meses.
Na Alzheimer, níveis anormais de proteína beta-amiloide se aglomeram e formam placas que interrompem a função celular.
Medicamentos como lecanemab – o qual retardou o progresso da doença em 27% em 18 meses de ensaios clínicos – funcionam ao reduzir essas placas amiloides.
Até 70% das 55 milhões de pessoas no mundo com demência têm Alzheimer, e o número de indivíduos com a doença deve aumentar para 199 milhões até 2050 com o envelhecimento populacional.
Tentativas anteriores de criar uma vacina contra a doença fizeram com que o sistema imune atacasse células saudáveis.
Pfeifer disse que agora havia uma melhor compreensão de como fazer com que o corpo produza anticorpos específicos à beta-amiloide indesejada.
Fonte: Asia Nikkei