As fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde a semana passada já afetaram mais de 780,7 mil pessoas. Segundo o último boletim da Defesa Civil, divulgado no fim do dia de domingo (5), no horário de Brasília, 78 pessoas morreram. Outros seis óbitos ainda estão em investigação e 155 pessoas ficaram feridas. Há ainda 105 pessoas desaparecidas.
As autoridades brasileiras afirmam que este é o pior desastre climático da história gaúcha.
O governo gaúcho pede ajuda para a população. Os itens mais necessários são colchões, roupa de cama, roupa de banho, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas, preferencialmente fechadas, para facilitar o transporte.
Além disso, ele fez um apelo às pessoas que pudessem ceder barcos, motos aquáticas, botes, helicópteros e combustível para ajudar a resgatar as pessoas que estão há 2 ou 3 dias sobre os telhados das casas, muitos com seus animais de estimação, sem água e sem comida.
As chuvas também obrigaram milhares de pessoas a abandonarem suas casas. São 104,6 mil desalojadas e 16,6 mil desabrigadas. Dos 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas fortes chuvas, o que representa 67,2% das cidades do estado.
Um desalojado é alguém que teve de deixar a sua casa, mas não necessariamente a perdeu, e que se encontra na casa de um amigo, parente ou conhecido. Um desabrigado é alguém que perdeu a sua casa e que se encontra num abrigo público.
Ainda de acordo com o balanço mais recente das infraestruturas estaduais, mais de 420 mil pontos no estado do Rio Grande do Sul seguem sem energia elétrica e 839 mil residências (27%) sem abastecimento de água.
Danos incalculáveis no Rio Grande do Sul
Em relação aos danos na agricultura, no comércio e serviço, os números ainda são incalculáveis. O estado do Rio Grande do Sul é um grande produtor de arroz, soja, trigo, frutas diversas incluindo o tomate, maçã e a uva, hortaliças e a criação do gado de corte e leiteiro. Por causa das rações produzidas no RS, as carnes do país deverão ter aumento.
Além disso, é preciso reconstruir trechos de rodovias estaduais e federais, e também as inúmeras pontes que foram literalmente levadas pelas fortes enxurradas. Também, as casas residenciais, escolas, hospitais, postos de saúde e outros edifícios.
Dor não tem fronteiras
Os prefeitos das cidades próximas umas às outras estão engajados a resgatar vidas, transferindo as vítimas para a cidade vizinha se for o caso, pois há muitas delas sob as águas.
Muitos famosos se mobilizaram imediatamente para ajudar as vítimas, como Whindersson Nunes (1,5 milhão de reais), Virginia (150 mil reais), Anitta, ex-BBB Matheus e outros mais, além da população enviando PIX para as contas criadas pelo Banco do Brasil, Banrisul e outras instituições.
Também não faltam mobilizações da sociedade para o envio de colchões, roupa de cama e cobertores, água, mantimentos, fralda, artigos de higiene e limpeza.
Como fazer doações morando fora do país
Se tiver como enviar uma quantia para um de seus familiares no Brasil, essa pessoa poderá fazer um PIX:
- SOS Rio Grande do Sul / Banco: Banrisul
- Chave PIX: 92.958.800/0001-38 (CNPJ)
Se quiser fazer uma transferência direto para a conta do governo do Rio Grande do Sul:
- Banco Standard Chartered
- Bank New York
- Swift: SCBLUS33
- Conta: 3544032986001
É preciso informar
- Código IBAN: BR5392702067001000645423206C1
- Nome: Associação dos Bancos no Estado do Rio Grande do Sul
- CNPJ: 92.958.800/0001-38
Lula visitou o Rio Grande do Sul de novo, com vários ministros
O presidente Luís Inácio Lula da Silva reiterou seu apoio ao povo do Rio Grande do Sul no domingo (5), depois de ter passado vexame por ter dito “torço pelo Grêmio e pelo Inter”, quando visitou pela primeira vez no sábado, acompanhado da esposa. Os prefeitos locais pediram que ele realmente envie a verba que prometeu quando da enchente no ano passado, pois ainda não havia chegado.
Antes do Lula, as autoridades dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e outros, enviaram equipes de resgate de helicópteros para ajudar o RS desde sábado. A iniciativa privada, como o dono da Havan e outros empresários e artistas também disponibilizaram embarcações diversas para uma operação de emergência.
Assista a um vídeo no qual a psicóloga explica o que fazer na tragédia.
Assista ao vídeo que mostra a operação de resgate.
Fontes: Agência Brasil e Band Jornalismo