Um popular passatempo em voos de longa duração – beber álcool antes de adormecer – pode representar riscos à saúde mesmo para passageiros jovens e saudáveis, de acordo com um novo estudo.
Descobriu-se que a combinação de consumo de álcool, sono e concentração baixa de oxigênio a altas altitudes desafia o sistema cardiovascular e a extensão da duração da hipoxemia, ou baixos níveis de oxigênio no sangue.
Os pesquisadores no Instituto de Medicina Aeroespacial do Centro Aeroespacial da Alemanha e a Universidade de Aachen, também disseram que o hábito reduziu a qualidade do sono e recomendou que companhias aéreas restrinjam o consumo de bebidas alcoólicas.
A coautora do estudo, Eva-Maria Elmenhorst, disse à NBC que a equipe estava “surpresa em ver que o efeito foi tão forte” e recomendou evitar a ingestão de álcool enquanto viaja.
O sono dentro do avião já exacerba a queda na saturação de oxigênio no sangue causada pela pressão atmosférica reduzida em cabines de aeronaves, cita o estudo.
Sob o efeito adicionado de consumo de álcool, testes de laboratório mostraram que a saturação do oxigênio no sangue dos participantes diminuiu ainda mais, e a frequência cardíaca foi reduzida.
Mesmo “participantes novos e saudáveis” sofreram de dessaturações “clinicamentre relevantes” e acelerações de frequência cardíaca durante o sono, descobriu o estudo.
“Doses maiores de álcool poderiam amplificar esses efeitos observados, aumentando potencialmente o risco de complicações de saúde e emergências médicas durante voo, especialmente entre indivíduos mais velhos e aqueles com comorbidades”, acrescentou.
Fonte: CNBC