Japão vai instalar cerca ‘antiturista’ em outro ponto de visualização do Monte Fuji

A Dream Bridge em Fuji, na província de Shizuoka, existe há cerca de uma década, mas visitantes famintos por fotos começaram a se aglomerar no local em novembro.

A Dream Bridge existe há cerca de uma década (YouTube/FNN)

Uma cerca de metal será instalada para controlar turistas indisciplinados que têm perturbado residentes em um local popular de fotos do Monte Fuji, disse na quinta-feira (6) um responsável relacionado ao turismo.

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Isso segue a instalação no mês passado de uma tela preta na cidade de Fujikawaguchiko (Yamanashi) para bloquear a visão famosa no Instagram do vulcão coberto de neve acima de uma loja de conveniência.

Agora, residentes reclamaram sobre muitos turistas estrangeiros se aventurando na rua da Dream Bridge do Monte Fuji em busca da foto perfeita do pico mais alto do Japão.

Apesar de seu nome ostentoso, a ponte é uma via comum que passa sobre um rio, com um pavimento estreito separado da rua por uma parede de concreto na altura da cintura.

Contudo, as pessoas vêm atravessando a rua desatentamente para chegar até uma área vazia entre as duas faixas de tráfego, disse Haruhito Yoshizaki, responsável pela área de turismo na cidade de Fuji (Shizuoka).

Lá, os turistas posam para fotos, fazem vídeos ou simplesmente passam o tempo – com alguns até trazendo suas malas.

Para impedir esse comportamento arriscado, autoridades já instalaram uma armação baixa de metal e placas pedindo às pessoas que fiquem longe do trecho de asfalto.

Como próximo passo, as autoridades disseram que planejam erguer uma cerca de metal de 1,8m em torno da área até o fim deste mês.

Os residentes “recebem bem os visitantes desde que regras básicas sejam cumpridas”, disse Yoshizaki.

A Dream Bridge existe há cerca de uma década, mas visitantes famintos por fotos começaram a se aglomerar no local em novembro, disse Yoshizaki.

Número recordes de turistas do exterior estão vindo ao Japão, e como fotos tiradas no local se espalham na mídia social, as multidões cresceram nas últimas semanas.

Nesta semana, a cidade organizou uma área de estacionamento e banheiro na área da ponte para aliviar o peso sobre os residentes.

Fonte: Japan Today

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Fraudes das 5 montadoras: especialista critica critérios do governo

Publicado em 7 de junho de 2024, em Economia

Não foram constatados problemas com a segurança dos veículos alvo de investigação por causa das fraudes que abalaram a confiança. Mas, será que foram fraudes?, questionou um analista.

Foto meramente ilustrativa do motor de um carro (PM)

Em relação às fraudes das 5 montadoras em relação à certificação da designação dos modelos, sabe-se que a questão da segurança como um todo não foi o motivo. Então, por que as montadoras japonesas estão sendo inspecionadas?

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Mitsuhiro Kunisawa, crítico de automóveis, também atua como membro do comitê de seleção do Carro do Ano no Japão e colunista para as mídias relacionadas aos veículos tece comentários em relação à Toyota, Mazda, Honda, Yamaha e Suzuki, as 5 investigadas.

“Foram realizados testes independentes com padrões mais rígidos do que o governo nacional”, explica o crítico em relação à Toyota. “Em vez do Ministério de Terras, Infraestrutura, Transporte e Turismo (MLIT) e o setor privado brigarem, deveríamos pensar em como o Japão pode prosperar”, alfinetou.

Feita a soma dos veículos alvos de inspeção por causa da chamada fraude, passa dos 5 milhões de unidades. Todas as montadoras afirmam que foram realizados testes muito mais rigorosos do que os padrões estabelecidos pelo governo, por isso não há nenhum problema em relação à segurança.

“Acho que é com isso que os usuários estão mais preocupados. Quando as pessoas dizem coisas como fraude ou adulteração, penso que se perguntam se o seu carro é seguro. Olhando para os dados que foram anunciados desta vez, examinei-os cuidadosamente e concluí que não houve efeito na segurança”, afirmou o crítico e analista. 

Toyota fez os testes ainda mais rigorosos, isso é fraude?

“Um exemplo do tipo de teste, anunciado pela Toyota, foi o de colisão traseira. De acordo com os regulamentos japoneses, deve-se verificar se a carroceria do carro pode suportar um impacto de 1.100 quilos. Porém, a Toyota realizou um teste com peso de 1.800 quilos e passou no teste. Isso significa que foi considerado fraude, embora atendesse a padrões mais rígidos”, explicou e questionou “como se vê isso?”.

Segundo ele, esse teste feito pela Toyota foi para verificar se não ocorreria vazamento do combustível. E tem um motivo sério para isso: nos Estados Unidos os veículos são maiores, portanto mais pesados. E é preciso realizar testes com pesos de maior impacto, pois a Toyota vende naquele país também. E isso constituiu fraude, fala com espanto.

“Muitos dos padrões rigorosos são mundiais. Os carros japoneses são vendidos em todo o mundo, por isso são capazes de atender aos padrões globais. Portanto, se enviarmos dados de teste que atendam aos padrões mundiais, eles também serão considerados fraudulentos, violados ou falsificados. Basicamente, as montadoras fazem isso corretamente e a Toyota tem cerca de 200 mil dados de testes”, explicou.

“Os sistemas de certificação precisam evoluir para algo que esteja em sintonia com os tempos, levando em conta não apenas a perspectiva do usuário, mas também a perspectiva da competitividade industrial”, disse um outro analista.

Modelo do sistema de designação do modelo 

O sistema de designação do modelo ou tipo do Japão utiliza os métodos de teste estipulados pelos padrões das Nações Unidas. No entanto, numa conferência de imprensa no dia 3, o presidente do conselho da Toyota Motor, Akio Toyoda, disse que existe uma lacuna entre o “sistema” e  a “realidade” no que diz respeito à designação de tipo. Sob o ponto de vista dele seria bom que tivesse uma discussão sobre o que fazer com o próprio sistema.

Confiança da indústria automobilística 

Impacto nas ações de cada uma das montadoras (PM)

Essa onda de fraudes abala a confiança em relação às montadoras, como aconteceu com a Daihatsu. 

As empresas fornecedoras correm para confirmar a situação, incluindo o impacto nos negócios. À medida que a competição de desenvolvimento com intervenientes estrangeiros, como a China, se intensifica, há vozes que apontam para o estado atual do sistema de certificação da designação do modelo.

Ansiedade no mercado 

“Acho que terá apenas um impacto temporário no mercado interno. É provável que haja efeitos indiretos, como exportações e produção local”, disse uma pessoa do meio da indústria de autopeças.

Os fornecedores das montadoras estão muito preocupados com a situação, pois não se sabe até quando a produção dos modelos alvo continuará suspensa, assim como a expedição.

Maior recall da história?

Pode acontecer de as montadoras não serem punidas com a suspensão da designação do modelo, como também pode ser que seja necessário fazer recall. 

Pode ser que aconteça o maior recall da história no Japão. O futuro próximo ainda é incerto para as montadoras, fornecedores, funcionários, concessionárias e até para os clientes que dirigem esses carros e moto. O ministro Tetsuo Saito (MLIT) disse que “gostaríamos de avançar com as análises para que possamos compilar um relatório neste verão”.

Há uma expectativa de que essas investigações e consequentes relatórios em grande escala limpem a poeira da indústria automobilística sobre as solicitações das designações dos modelos e que ambas as partes criem um sistema que evite a ocorrência de fraudes no futuro.

A investigação na Yamaha já foi concluída. Na Suzuki, que iniciou na quinta, continua na sexta-feira (7).

Fontes: MBS, Newswitch, Shizuoka Shimbun e AutoCar

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