O governo da Arábia Saudita, no Oriente Médio, informou no domingo (23), que o número de mortes de peregrinos aumentou para mais de 1,3 mil pessoas, durante a Hajj, a Grande Peregrinação dos muçulmanos que visitam a cidade sagrada de Meca, situada em uma área desértica.
Em 17 de junho a temperatura chegou a 51 graus Celsius e a grande maioria das vítimas foi por insolação e outras por causas diversas. A Hajj foi realizada entre 14 a 19 deste mês e o cálculo é que 1,8 milhão de pessoas foram a Meca, se deslocando de diversos países do Islã.
O ministro da Saúde da Arábia Saudita explicou que mais de 80% dos que morreram não tinham as licenças necessárias para a peregrinação e que a falta de utilização adequada de alojamento e transporte no calor intenso contribuiu para a morte. Ou seja, eram peregrinos “ilegais”, pois os com licença viajam em ônibus refrigerados e se hospedam em locais adequados.
O governo do Egito anunciou que revogará a licença de 16 agências de turismo possivelmente envolvida em peregrinação ilegal. Os peregrinos irregulares não conseguem encontrar locais adequados para descansar e precisam caminhar durante longos períodos de tempo sob o sol escaldante. Calcula-se que cerca de 660 egípcios tenham morrido de insolação durante a peregrinação.
Peregrinos de outros países como Indonésia, Índia, Jordânia, Malásia e outros também foram vítimas fatais da insolação. Na Jordânia vários agentes de turismo foram presos e na Tunísia um ministro foi substituído.
A Hajj é uma das 5 obrigações dos muçulmanos, que devem fazer pelo menos uma vez na vida, desde que estejam saudáveis e tenham recursos financeiros para participar.
No passado, em 2015, estima-se que 2,4 mil pessoas morreram por terem caído sequencialmente um sobre o outro durante a oração.
Fontes: NHK, ANN, Mainichi e Sankei