Brasil pede desculpas pelas perseguições e torturas aos imigrantes japoneses durante ditadura

Atendendo ao pedido reiterado do Okinawa Kenjin-kai, foi feito um pedido de desculpas formal pelas barbaridades cometidas contra os imigrantes japoneses no Brasil.

Bandeiras do Japão e do Brasil (PM)

A Comissão de Anistia do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania reconheceu na quinta-feira (25), horário de Brasília, a repressão e perseguição política aos imigrantes japoneses e seus descendentes durante a ditadura de Getúlio Vargas, entre 1937 e 1945, e também durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, de 1946 a 1951.

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O pedido de desculpas aos japoneses foi feito pela presidente da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida. “Quero pedir desculpas em nome do Estado brasileiro pela perseguição que os antepassados dos senhores e senhoras sofreram, pelas barbaridades, crueldades, torturas, preconceito, ignorância, xenofobia e racismo”, disse ela.

Segundo o jornal Correio Braziliense, “O pedido foi feito pela Associação Okinawa Kenjin do Brasil. A comissão, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, entendeu que esses imigrantes japoneses e seus descendentes sofreram ‘intensa perseguição’ do governo entre 1946 a 1948, 172 imigrantes chegaram a ficar detidos no Instituto Correcional Ilha Anchieta, em Ubatuba, em 1946, alguns deles acusados de crime contra a “segurança nacional”. 

A esses estrangeiros foram impostas restrições de direitos, submetidos a confinamento em campos de concentração, vítimas de expulsões em massa e confisco de bens. A comunidade japonesa requer o pedido de desculpas do Estado brasileiro a esses perseguidos, mas não pede qualquer reparação econômica”.

“Se durante a Segunda Guerra Mundial, os imigrantes japoneses foram considerados inimigos, no pós-guerra, acumularam a suspeita de serem terroristas também. Eles continuaram a enfrentar restrições severas, incluindo a proibição de acesso à informação por meio de jornais em língua japonesa, reuniões, e até mesmo o uso de seu próprio idioma“, diz o material da Associação Okinawa.

Além das torturas e atrocidades, Brasil chegou a deportar imigrantes japoneses

Navio Kasato-maru que levou os primeiros imigrantes japoneses ao Brasil (NDL)

Em julho de 1943, o Brasil ordenou a deportação de aproximadamente 6,5 mil imigrantes japoneses da cidade portuária de Santos, no sudeste, sob suspeita de denunciar espionagem em uma série de naufrágios de navios mercantes. Os imigrantes japoneses foram enviados para campos de detenção. Após a guerra, alguns dos que alegaram que o Japão havia vencido foram vistos como elementos perigosos e foram presos. Aproximadamente 170 pessoas foram enviadas para a prisão da ilha.

Esta é a primeira vez que o governo brasileiro se desculpa publicamente pela opressão passada dos japoneses e seus descendentes. Depois de 79 anos do fim da guerra, o Brasil, que possui a maior comunidade nikkei do mundo, está restaurando a honra que foi pisoteada pelo governo da época. 

Fontes: UOL, Correio Braziliense e Jiji

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JR West vai aposentar trens-bala que já estiveram entre os mais rápidos do mundo

Publicado em 25 de julho de 2024, em Sociedade

A série 500 estreou em março de 1997 na linha Sanyo Shinkansen, ligando seus 2 terminais, as estações Shin-Osaka e a de Hakata.

A série 500 estreou em março de 1997 na linha Sanyo Shinkansen (Wikimedia Commons/Rsa)

A West Japan Railway Co. (JR West) disse na quarta-feira (24) que sua série 500 de trens-bala, que já estiveram entre os mais rápidos no mundo, será aposentada em 2027 devido à idade.

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A série 500 estreou em março de 1997 na linha Sanyo Shinkansen, ligando seus 2 terminais, a estação Shin-Osaka (Osaka), no oeste do país, e a de Hakata (Fukuoka), no sudoeste, como trens “Nozomi”.

Ela foi introduzida posteriormente na linha Tokaido Shinkansen, que conecta as estações de Tóquio e Shin-Osaka, para oferecer serviços integrados entre Tóquio e Hakata.

Trens da série viajavam a uma velocidade máxima de 300Km/h na época.

Em 1997, a série 500 foi reconhecida pelo Guinness World Records para a “jornada de trem mais rápida” entre duas paradas vizinhas, viajando entre as estações de Hiroshima e Kokura na linha Sanyo Shinkansen a uma velocidade média de 261.8Km/h.

A série 500 foi retirada de serviço como Nozomi no fim de fevereiro de 2010.

Atualmente, a série, ainda popular entre entusiastas de trem parcialmente pelo seu exterior estiloso, incluindo um nariz longo, é operada como trens “Kodama” que param em todas as estações, na linha Sanyo Shinkansen.

Fonte: Nippon

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