No último ano fiscal (2023), o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão (MHLW) realizou inspeções in loco em aproximadamente 26.117 empresas em todo o país, suspeitas de longas horas de trabalho, com base nos relatos dos funcionários.
O surpreendente é que as inspeções constataram horas extras ilegais em mais de 11.610 estabelecimentos (45%). Os trabalhadores eram obrigados a cumprir horas extras além do limite máximo estabelecido pela legislação trabalhista.
Esses números mostram que houve um aumento de 2% em relação ao ano anterior.
Em resumo, os percentuais das horas extras ilegais nas 11,6 mil empresas foram:
- 49% ou 5.675 empresas com mais de 80 horas extras mensais
- 29% ou 3.417 empresas com mais de 100 horas extras mensais
Entre essas empresas, algumas chegaram a mais de 127 horas extras. O MHLW ordenou às Delegacias de Inspeção das Normas Trabalhistas a orientar para as correções e melhorias nessas empresas.
Muitas empresas argumentaram falta de mão de obra depois da pandemia, por isso os trabalhadores e funcionários acabaram fazendo longas horas extras para cumprir as metas.
Um dos motivos do karoshi, a morte por excesso de trabalho, são as longas jornadas, especialmente quando o funcionário faz mais de 80 horas extras por 2 a 6 meses consecutivos, ou quando em um mês cumpre 100 ou mais horas extras. Há outros fatores como assédio do poder, estresse por problemas de relacionamento, mas as horas extras excessivas são extremamente preocupantes.
Fontes: NHK e Karoshi