O governo japonês deu início ao processo de certificação destinado a operar o primeiro laboratório do país para lidar com patógenos mortais como o vírus ebola para pesquisa, disse no sábado (20) uma fonte do governo.
A instalação, estabelecida na Universidade de Nagasaki, será ativada aos padrões de biossegurança mais rígidos em uma escala de 4 níveis.
A revisão ocorre quando a pandemia de coronavírus destaca a importância de estudar doenças infecciosas para desenvolver tratamentos e vacinas.
O único laboratório em funcionamento do país com nível 4 de biossegurança fica na filial Murayama do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas no oeste de Tóquio.
Entretanto, seu papel tem sido limitado a testes, como determinar se alguém está infectado com um patógeno altamente contagioso, sob um acordo com o governo local.
Em junho, a Universidade de Nagasaki apresentou documentos ao Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar para a verificação, disse a fonte.
Assim que a unidade receber aprovação para equipamentos, o ministério a designará prontamente como uma instalação de pesquisa de nível 4 de biossegurança (BSL-4).
Em 2016, ao governo decidiu promover a estabilização de tal instalação na Universidade de Nagasaki como um projeto nacional para fortalecer sua resposta a ameaças de doenças infecciosas.
Uma instalação BSL-4 lida com os agentes mais perigosos, como o vírus ebola e o Marburg, os quais não têm tratamentos padrões e causam altas taxas de morte.
Há mais de 60 instalações do tipo no mundo.
Fonte: Mainichi