Falências corporativas no Japão aumentaram 22% ano a ano para uma alta de década no primeiro semestre devido a custos em alta, escassez de mão de obra e suporte financeiro em declínio, de acordo com uma pesquisa recente realizada por uma companhia de pesquisa de crédito.
O número total de falências de janeiro a junho chegou a 4.887, o mais alto desde 2014, disse a Teikoku Databank em seu relatório online mais recente.
Por indústria, a de serviços registrou o maior número, a 1.228, seguida pelo varejo com 1.029 e construção com 917, mostraram os dados.
Empresas de pequeno e médio porte foram as mais afetadas durante o período, visto que os chamados “empréstimos zero a zero”, ou aqueles sem juros e sem garantia, fornecidos por instituições financeiras afiliadas ao governo e ao setor privado a fim de lidar com o impacto da covid-19, foram eliminados.
O cenário econômico fica ainda mais complicado com a desvalorização do iene em curso, em meio a preços em alta e crescente falta de mão de obra.
A Teikoku previu que além do fraco consumo pessoal, o número de falências corporativas deve aumentar ainda mais, possivelmente excedendo 10 mil no ano todo de 2024.
Só em junho, um total de 807 companhias japonesas deram início a procedimentos de falência, marcando o 26º mês consecutivo de crescimento ano a ano, segundo o relatório.
Fonte: Borneo Bulletin