Na segunda-feira (1.º), a moeda japonesa desvalorizou ainda mais no mercado de câmbio de Nova Iorque, chegando ao nível de 161,70 ienes em relação ao dólar.
O iene está no seu nível mais baixo em cerca de 38 anos, desde dezembro de 1986. Existe uma visão no mercado de que o governo japonês irá intervir no mercado cambial comprando o iene e vendendo a moeda norte-americana.
Nos Estados Unidos, houve um movimento de venda do iene e compra do dólar, à medida que as taxas de juros a longo prazo subiram. Os principais indicadores econômicos dos Estados Unidos, incluindo estatísticas de emprego, estão programados para serem divulgados esta semana. Dependendo do resultado, as taxas de juros do Sistema de Reserva Federal dos EUA (Fed) poderão sofrer atrasos. Existe a preocupação de que o diferencial de taxas de juro entre o dólar e o iene possa não diminuir.
Além disso, o debate entre os candidatos à presidência, em 27 de junho, influem, pois há preocupações em relação à senilidade de Joe Biden. Se o seu rival, Donald Trump, for eleito e promover a inflação através das políticas tarifárias, seria difícil para o Fed baixar as taxas de juros, levando potencialmente a uma maior depreciação da moeda japonesa.
Se continuar assim, no outono os preços irão subir ainda mais no Japão
Há uma linha de analistas que prevê uma queda ainda pior do iene e espera-se que na reunião do Banco do Japão, no final de julho, o destino não seja de 200 ienes por dólar americano.
Segundo um analista, “enquanto o governo tenta conter os aumentos de preços, o Banco do Japão tenta puxar as rédeas exatamente na direção oposta, encorajando aumentos de preços”.
Embora a inflação atual seja severa, parece que a sociedade deve se preparar para alta frenética de preços no outono.
Em setembro de 1985 – Plaza Accord – o câmbio era de cerca de 250 ienes em relação ao dólar e em 3 anos, estabilizou na casa dos 120 ienes.
Fontes: Asahi, President e Gendai Digital