Uma mulher morreu no domingo (7), meses após ter recebido um transplante combinado de coração artificial e rim de porco editado geneticamente, de acordo com o hospital que executou as cirurgias.
Lisa Pisano, de 54 anos, sofria de insuficiência cardíaca e renal antes das cirurgias e era inelegível para um transplante humano.
Ela recebeu o dispositivo de assistência ventricular, chamado de LVAD, em 4 de abril e o rim suíno em 12 do mesmo mês.
Em maio, 47 dias após o transplante, os médicos removeram o órgão editado geneticamente porque ele estava interferindo com seu fluxo sanguíneo.
Antes dos 2 procedimentos, Pisano enfrentava insuficiência cardíaca e doença renal em estágio final que exigia diálise de rotina.
“Eu já estava esgotada”, disse Pisano ao site CBS News em uma entrevista no mês de abril.
“Eu não conseguia subir as escadas. Não conseguia dirigir. Não conseguia brincar com meus netos. Então, quando essa oportunidade veio até mim eu a agarrei”.
O transplante de Pisano foi apenas o segundo de um rim suíno editado geneticamente em uma pessoa viva, disse o hospital. Anteriormente, cirurgiões testaram um transplante de rim de porco em pacientes com morte cerebral.
Em março, cirurgiões no Hospital Geral de Massachusetts em Boston transplantaram um rim de porco em um homem de 62 anos, Rick Slayman. Ele morreu em maio. O hospital disse que não havia indicação de que sua morte foi resultado do transplante.
Um xenotransplante é um transplante de órgãos obtidos em outra espécie, ou seja, que não vêm de um corpo humano.
Fonte: CBS News