Um vírus raro conhecido como Oropouche foi detectado em 3 países europeus, com um médico alertando que ele “pode se tornar incontrolável”.
Intitulada como doença de “ameaça misteriosa” no prestigioso jornal Lancet, pouco se sabe sobre ela, visto que ainda é uma doença emergente.
As primeiras mortes conhecidas em decorrência do vírus foram reportadas no Brasil no mês passado, ambas de mulheres na faixa dos 20 anos.
Transmitida principalmente por um inseto muito pequeno conhecido como “maruim” ou “mosquito-pólvora”, não há vacina ou cura conhecida para a doença, e métodos típicos de prevenção como usar telas sobre a cama pode não ser eficazes, visto que os mosquitos são muito pequenos.
Dos casos na Europa, até agora, 12 foram na Espanha, 5 na Itália e 2 na Alemanha.
Os casos foram entre pessoas com histórico recente de viagens para áreas onde o vírus já está estabilizado, e ainda não foram detectados casos de transmissão de humano para humano.
Quais são os sintomas da febre do Oropouche?
Um dos principais sintomas é a febre. Ela é geralmente confundida com a dengue, que é mais conhecida, e é geralmente disseminada por mosquitos em áreas tropicais, mas também reportada em partes da Europa.
Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas juntas, náusea, vômito, calafrios ou sensibilidade à luz.
A maioria das pessoas se recupera sem efeitos duradouros, mas há preocupações de que o vírus pode se tornar perigoso para recém-nascidos, causando potencialmente morte ou deformidades no feto.
Não há remédio específico para curá-la
Os sintomas, tipicamente, começam de 4 a 8 dias após ser picado e duram de 3 a 6 dias. Não há remédio específico para curá-la, e para os pacientes podem ser administrados apenas medicamentos de suporte.
Casos graves podem resultar em doença neuroinvasiva como meningite, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
Em 17 de julho, um alerta foi emitido pelas Nações Unidas sobre a possibilidade de efeitos negativos na saúde de fetos se a mãe contrair a doença na gravidez.
Casos em potencial de transmissão de mãe para criança no Brasil estão sendo investigados.
Fonte: Metro