Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia (MEXT) revelou que o número de alunos que necessitam de ensino da língua japonesa em escolas públicas desde o primário ao colegial, é de 69.123 em 2023, um novo recorde.
Segundo a divulgação do MEXT, na quinta-feira (8), o aumento foi de 10.816 alunos em relação à pesquisa anterior, em 2021. Em comparação com os dados de 10 anos atrás, o número dobrou. A razão por trás disso é que o número de estrangeiros que se mudam para o Japão com as suas famílias está aumentando pela escassez de mão-de-obra causada pelo declínio da população.
A pesquisa teve como alvo 1.788 prefeituras em todo o país, perguntando sobre a situação em 1.º de maio do ano passado. Os números de alunos que não conseguem se comunicar adequadamente em japonês são: 57.718 de nacionalidade estrangeira e 11.405 de nacionalidade japonesa.
Alguns alunos de nacionalidade japonesa que moraram no exterior durante muitos anos não falam bem o idioma pátrio.
Quase 9 mil crianças estrangeiras fora da escola
O MEXT também informou que até maio do ano passado, 8.601 crianças de nacionalidade estrangeira residentes no Japão não estavam matriculadas em nenhum tipo de escola. Houve um aumento de 418 em relação à pesquisa anterior.
Em maio do ano passado, havia um total de 150.695 crianças e adolescentes estrangeiros inscritos no Cadastro Básico de Residentes, que estariam no primário e ginásio. Desses, 970 foram confirmados como não frequentando a escola. Além disso, 7.199 pessoas não puderam ser localizadas e 432 que não eram conhecidas dos Conselhos de Educação podem não estar frequentando a escola.
No Japão, o governo fornece educação nas escolas primária e ginasial gratuitamente, pois é um direito das crianças. Mas, as crianças estrangeiras não são obrigadas a frequentar a escola, porém se os pais desejarem, o ensino é público e gratuito, tal qual às crianças japonesas.
Fontes: Shizuoka Shimbun e Yomiuri