Na segunda-feira (5), os investidores na bolsa tomaram um susto, traduzido em fortes perdas, com a maior queda em um único dia do Índice Nikkei, ultrapassando a da Black Monday, em 1987, nos Estados Unidos.
A queda da média Nikkei foi de 12,4%, ou 4.451, fechando com 31.458,42 pontos. Na Black Monday a queda foi de 3.836 pontos.
O clima foi de pânico e extrema tensão no mercado e nas agências de valores mobiliários. Um entrevistado da JNN, investidor há 20 anos, disse que sua perda foi de 10 milhões de ienes. Um outro day trader relatou que ficou assustado ao ver os valores despencando e que sua perda foi em torno de 2 milhões de ienes.
Os mercados da Ásia, como da Coreia do Sul e de Taiwan, e do mundo, também fecharam em queda. Os dados fracos sobre o emprego nos Estados Unidos causam temores de recessão no mundo.
Por outro lado, a moeda japonesa está mais valorizada por causa da decisão do Banco do Japão (BOJ) em comprar ienes e pela elevação da taxa de juros de curto prazo para 0,25%, pela primeira vez em 8 anos. Mas, isso pesou nas ações japonesas.
“Não vemos o excesso de investimento visto em recessões passadas. A probabilidade de a economia entrar em recessão é baixa nesta fase”, avaliou Junichi Makino, economista-chefe da SMBC Nikko Securities.
Reação positiva na terça-feira
Na terça-feira (6), houve um movimento de recompra de ações cujos preços haviam caído significativamente desde o início das negociações, e a média do Índice Nikkei subiu mais de 3,4 mil em determinado momento, superando o nível de 2.677,54 alcançado em outubro de 1990 durante as negociações. Foi o maior aumento de todos os tempos.
Fontes: NHK, Sankei, NTV, Asahi e JNN