Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima que, após se mudar para o Brasil nos anos 1950 trabalhou como ativista da paz e auxiliou outros sobreviventes no exterior a receber ajuda do Japão, morreu na segunda-feira (12), de acordo com sua família. Ele tinha 100 anos.
Morita, que morreu em um hospital em São Paulo, era policial militar na cidade japonesa na época do bombardeio atômico dos EUA. Onze anos após ter sido ferido no ataque de 1945, ele se mudou para o Brasil.
Apesar de ter evitado falar muito sobre sua experiência assim que chegou ao Brasil a fim de evitar possível discriminação, Morita lançou uma organização para sobreviventes da bomba atômica no país em 1984.
Ele liderou um projeto sob o qual Tóquio fornecia um subsídio de saúde para sobreviventes da bomba atômica no Brasil, e compartilhou sua história com jovens no país em português.
Após décadas de tais atividades, sobreviventes da bomba atômica conseguiram receber tratamento médico sem pagar do próprio bolso em hospitais designados no Brasil desde 2019.
Em maio deste ano, Morita se encontrou com o primeiro-ministro Fumio Kishida durante a visita do premiê ao Brasil. Ele pediu ao político veterano eleito a partir de um eleitorado de Hiroshima para trabalhar duro a fim de alcançar a paz no mundo.
Fonte: Mainichi