A corrida começou nesta quinta-feira (12) com um recorde de 9 candidatos (NHK)
A corrida pela liderança do Japão começou nesta quinta-feira (12) com um recorde de 9 candidatos, incluindo o filho surfista de um ex-primeiro-ministro e uma arconacionalista disputando para ser a primeira mulher premiê do país.
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Independentemente do (a) candidato (a) que conquiste a liderança do Partido Liberal Democrático (PLD) em 27 de setembro, ele (a) substituirá o impopular primeiro-ministro Fumio Kishida, cujo mandato de 3 anos foi prejudicado por escândalos e apreensão em relação a preços em alta.
A corrida ocorre enquanto o Japão aumenta os gastos com defesa e cooperação com aliados dos EUA para conter a China e enquanto a quarta maior economia do mundo enfrenta dificuldades com uma crise demográfica.
O conservador PLD governa quase que initerruptamente há décadas e mantém uma maioria no parlamento, o que significa que o vencedor essencialmente se tornará o premiê.
Liderando as pesquisas estão Shinjiro Koizumi, de 43 anos, ex-ministro do Meio Ambiente e filho de Junichiro Koizumi, e o veterano ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba, de 67.
Também concorrendo estão 2 mulheres proeminentes – ainda uma raridade na política do Japão e negócios.
A ministra da Segurança Econômica, Sanae Takaichi, de 63 anos, faz visitas frequentes ao santuário de guerra Yasukuni em Tóquio, o que provavelmente vai enfurecer a China e a Coreia do Sul se ela ganhar.
E, embora seu suporte dentro do partido seja limitado, a ministra de Relações Exteriores Yoko Kamikawa, de 71 anos, é vista como uma líder hábil que aspira guiar políticas do sexo feminino mais jovens.
O sincero reformista Taro Kono, de 61 anos, também é um candidato, assim como Toshimitsu Motegi, apelidado de “Trump Whisperer” pelo seu tratamento em relação ao ex-presidente dos EUA em duras conversas comerciais.
Outros incluem o secretário-chefe do Gabinete Yoshimasa Hayashi e o ex-ministro da Segurança Econômica Takayuki Kobayashi, o único outro candidato com menos de 50 anos junto com Koizumi.
A corrida do PLD é vista como a mais aberta em anos, com Kishida tendo forçado muitos das poderosas facções do partido a se dissolver após uma série prejudicial de escândalo de fundos.
“Um grau saudável de debate político vem ocorrendo enquanto o PLD busca renovação”, disse o analista James Brady, vice-presidente da empresa de consultoria Teneo.
“A maioria dos candidatos está fazendo promessas generosas de gastos, enquanto alguns se opõem a planejados aumentos de impostos”, escreveu ele em uma mensagem.
Enquanto isso, Ishiba foca em ajudar economias rurais afetadas por despovoamento, prometendo também criar uma agência do governo especializada em lidar com desastres naturais.
Líderes no PLD estão em função por 3 anos e podem atuar por até 3 mandatos consecutivos.
Pesquisas de opinião são apenas um guia irregular, visto que apenas legisladores do PLD e representantes de partidos regionais têm um voto após uma série de debates públicos entre os candidatos.
Fonte: Channel News Asia