A polícia japonesa encaminhou na sexta-feira (6) um homem para a promotoria por exportar roupas para a Coreia do Norte, em violação à lei que proíbe comércio com o país, disseram fontes investigativas.
De acordo com o jornal Mainichi, a polícia da província de Osaka suspeita que em dezembro de 2019, o residente de 85 anos de Sapporo (Hokkaido) enviou à Coreia do Norte um lote de roupas no valor de ¥400 mil (US$2.790) usando dinheiro ganhado por um trabalhador de TI (Tecnologia da Informação) norte-coreano que havia se passado por um cidadão mongol que morava em Osaka, disse a fonte.
O suspeito teria enviado roupas, ordenadas por uma empresa comercial norte-coreana através de uma parceira na província de Jilin, na China, violando a lei de câmbio internacional e comércio que proíbe negócios com a Coreia do Norte, com exceção de propósitos humanitários, sem permissão do Ministério do Comércio, de acordo com fontes.
O homem, que anteriormente havia operado uma empresa de processamento de frutos do mar na Coreia do Norte, admitiu para a polícia que vinha enviando roupas para o Norte desde 2017 por um total de 40 a 50 vezes via China, disseram as fontes.
A polícia acredita que as compras dos envios foram financiadas pelo trabalhador de TI norte-coreano que assumia desenvolvimento de software para clientes corporativos.
Um especialista das Nações Unidas estimou que mais de mil trabalhadores de TI norte-coreanos ganham dinheiro para financiar os programas de desenvolvimento de mísseis balísticos de armas nucleares de Pyongyang.
Em março, o governo japonês alertou empresas domésticas e outras organizações que norte-coreanos se passando por cidadãos japoneses podem estar ganhando dinheiro por contrato para trabalho de TI através de sites intermediários.
Fonte: Mainichi