Dados do governo japonês mostram que mais de 9,7 mil estrangeiros desapareceram de seus locais de trabalho sob o programa de estágio técnico no ano passado, marcando uma alta recorde.
A Agência de Serviços de Imigração diz que 9.753 estagiários desapareceram em 2023, uma alta de 747 ante o ano anterior, representando cerca de 1 em cada 50 desses indivíduos.
Por nacionalidade, o desaparecimento de estagiários do Vietnã foi o maior, a 5.481, seguidos pelos de Myanmar a 1.765, da China a 816 e do Camboja a 694.
Por indústria, a maior proporção, ou 47.1% de todos os desaparecimentos, ocorreram na construção, seguida por agricultura a 8.6%, fabricação de alimentos a 8.5% e maquinário e metais a 7.9%.
Especialistas dizem que muitos estagiários decidiram que eles não tinham escolha além de sumir após se envolverem em problemas no local de trabalho. Eles dizem que isso é porque o programa presente proíbe que estagiários trabalhem para outros empregadores, com exceção de circunstâncias convincentes.
Segundo a agência, os estagiários podem atualmente mudar de empregador se eles sofrerem abuso, ou se quem os contrata ou organização de supervisão cometer atos graves e mal intencionados.
A agência também cita que se estagiários forem vítimas de abuso ou outra má conduta, seus outros colegas também têm permissão para mudar de empregador.
Exigências para estagiários mudarem de empregador serão flexibilizadas em 2027, quando o programa existente deve ser substituído por um novo sistema.
O novo sistema permitirá que estagiários estrangeiros mudem de empregador dentro do mesmo campo se eles trabalharem para o contratante inicial por pelo menos 1 ano e menos de 2 anos.
Fonte: NHK