A lei de eugenia forçava certas pessoas a passarem por operações para evitar que elas tivessem filhos considerados ‘inferiores’ (ilustrativa/banco de imagens)
Um grupo suprapartidário de legisladores japoneses está considerando exigir que o governo pague ¥15 milhões em danos a cada vítima de esterilizações forçadas conduzidas sob a extinta lei de eugenia, disseram pessoas com conhecimento do assunto na quarta-feira (11).
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O grupo planeja apresentar a legislação para realizar os pagamentos a uma sessão parlamentar que deve ser convocada neste outono.
Em ações judiciais movidas contra o governo, o Tribunal Supremo garantiu em julho até ¥15 milhões em danos para cada vítima de esterilizações forçadas e ¥2 milhões para cada um de seus cônjuges.
Os advogados dos demandantes haviam pedido ao grupo de legisladores que garantissem ¥15 milhões por pessoa seja pago às vítimas e ¥5 milhões aos seus cônjuges.
A lei de eugenia no Japão
A lei, que ficou em vigor por 48 anos, forçava pessoas a passarem por operações para evitar que elas tivessem filhos considerados “inferiores”.
Muitas delas tinham deficiências físicas ou cognitivas, ou doença mental.
A lei foi amplamente reconhecida como um capítulo negro na recuperação pós-guerra do Japão e eliminada em 1996.
Fonte: Nippon